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Política

Executiva do PSL aprova fusão com o DEM e reunião deve sacramentar criação de novo partido

A Executiva Nacional do PSL aprovou por unanimidade a fusão com o DEM nesta terça, 28. Os dois partidos convocaram uma convenção conjunta para o dia 6 de outubro, em Brasília. De acordo com nota divulgada pelo PSL, no evento serão aprovados projetos comuns de Estatuto e o programa do novo partido e também será eleita a Comissão Executiva Nacional Instituidora, órgão nacional que promoverá o registro da sigla. A Executiva do DEM havia aprovado a fusão na semana passada. A expectativa dos partidos é que a nova legenda seja oficializada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até março de 2021. A maior dúvida que ainda existe é sobre conflitos em diretórios estaduais sobre qual grupo fica no comando.

A fusão das duas siglas, caso venha a se tornar realidade, terá as maiores quantias dos fundos eleitoral e partidário e o maior tempo de rádio e televisão para a eleição de 2022. O dinheiro será consequência de ter a maior bancada da Câmara, com 81 deputados, que também terá força para definir os rumos dos projetos da Casa. Além disso, a legenda terá quatro governadores, sete senadores e dois ministros do atual governo (Onyx Lorenzoni, do Trabalho e Previdência, e Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que votaram a favor da fusão). Por outro lado, é esperado que parlamentares alinhados com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixem o PSL e se filiem à legenda que o presidente escolher para disputar a eleição de 2022, o que poderia causar até 25 saídas do novo partido originado da fusão.

Além de ostentar a condição de maior bancada da Câmara dos Deputados, a principal ideia do novo partido é lançar um candidato à Presidência da República. Atualmente, DEM e PSL possuem três pré-candidatos ao Planalto: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) e o apresentador José Luiz Datena (PSL). Pacheco, vale dizer, tem sido cortejado pelo PSD, de Gilberto Kassab.