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Viagem

Imigrantes brasileiros vivem paradigma nos EUA

O Departamento de Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP) divulgou, no final de julho que, somente no primeiro semestre de 2022, mais de 2.200 brasileiros foram deportados do País. Trata-se de um novo recorde. Por outro lado, nunca tantos green cards foram concedidos para brasileiros qualificados morarem nos EUA quanto na última década.

Contradição?

Nem tanto!

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De fato, os números são alarmantes. Para que se tenha uma ideia, o recorde anterior de brasileiros deportados dos Estados Unidos foi registrado em 2021, quando 2.122 imigrantes indocumentados foram expulsos do País. Em 2022, já são 2.221 deportados, e o ano ainda está longe de acabar. Cerca de dois a três voos lotados chegam todas as semanas ao Brasil trazendo brasileiros que se encontravam em situação irregular na América. E a tendência é que a quantidade de voos aumente ainda mais nos próximos meses, já que milhares de brasileiros aguardam julgamento nas Cortes Federais de Imigração do País. “A principal causa para este aumento está nas políticas de combate à imigração ilegal que foram implementadas nos últimos anos pelos Estados Unidos e que tiveram seu ápice em 2020, ano que registrou 185 mil deportações. Já em 2021, o número de deportados caiu para 59 mil, muito em razão de várias políticas pró-imigrantes que foram reinstauradas pela atual administração. Ainda assim, existem várias leis em vigor que dificultam muito a vida de quem deseja imigrar de forma indocumentada nos EUA”, observa Marcelo Gondim, advogado de imigração em Los Angeles.

Por outro lado, nunca tantos green cards foram emitidos para brasileiros. Nos últimos 12 anos, foram mais de 140 mil documentos que concedem residência permanente nos EUA emitidos para pessoas que saíram do Brasil para começar uma nova vida de forma legal na “Terra do Tio Sam”, e a grande maioria destes imigrantes chegou aos EUA com vistos que concedem o green card para profissionais qualificados, seja por carreiras bem-sucedidas, oportunidades de emprego ou investimento no País. “Existe uma ideia errônea de que os EUA não querem mais imigrantes. Pelo contrário, a mão-de-obra de estrangeiros é cada vez mais fundamental para o desenvolvimento do País, porém, ao contrário de décadas anteriores, hoje em dia, o objetivo é priorizar a chegada de imigrantes mais qualificados, que possam colaborar em áreas essenciais onde hoje existe uma carência muito grande de profissionais nos EUA como Saúde, Tecnologia, Engenharia, Aviação e muitas outras”, ressalta Marcelo Gondim, que também é fundador da Gondim Law Corp, escritório americano que já cuidou de processos de vistos e green cards para milhares de imigrantes brasileiros.

Segundo Marcelo, em geral, o perfil profissional do brasileiro que hoje busca imigrar para os EUA mudou bastante. “A maioria dos clientes do Brasil que representamos é formada por pessoas bem qualificadas para os vistos de imigração nas categorias EB (Employment-Based), principalmente o EB-2 NIW (green card por interesse nacional) e o EB-3 (green card com oferta de emprego). No entanto, infelizmente, muitos brasileiros ainda acabam desconhecendo que existem vias legais para migrar e buscam entrar de forma indocumentada nos EUA, principalmente utilizando de um destes três subterfúgios: ficar como turista ou estudante além do tempo permitido pelas autoridades americanas, buscar entrar pelo deserto dos EUA com o México ou por meio de casamentos forjados com cidadãos americanos”, finaliza.

(Fontes: Travel.state.gov e Uscis.gov)

Sobre Marcelo Gondim 

Marcelo Gondim é advogado licenciado na Califórnia e especializado em Imigração para os Estados Unidos. Possui mais de 20 anos de experiência em processos de green card e vistos americanos. Ele nasceu no Brasil, mas também possui cidadania americana.

Marcelo é fundador e o principal advogado da Gondim Law Corp, escritório de Advocacia Imigratória sediado em Los Angeles.

www.gondimlaw.com

www.instagram.com/gondimlaw/