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Economia

Atividade econômica cresce 0,6%, balança tem superávit de US$ 1,73 bi e PIB confirma previsão de alta

A penúltima semana de setembro começa com números positivos para a economia brasileira. Logo no início da segunda-feira (19), o Boletim Focus, divulgado pelo BC (Banco Central), mostrou que o mercado financeiro continuou a melhorar as estimativas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) em 2022, que saltou de 2,39% para 2,65%. O Monitor do PIB, apurado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), indicou um crescimento da atividade econômica, em julho, de 0,6% em relação ao mês anterior.

Na comparação com julho de 2021, a economia evoluiu 3,1%, enquanto, no trimestre móvel encerrado em julho, a expansão foi de 3,3%. Em termos monetários, a estimativa é que o acumulado do PIB até julho de 2022 tenha alcançado, em valores correntes, R$ 5.482.820.

Esse resultado confirma o crescimento da economia brasileira, que foi de 1,2% no segundo trimestre do ano, na comparação com os primeiros três meses de 2022, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no início do mês.

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Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, afirma que o crescimento do PIB em julho refletiu o desempenho positivo da indústria e do setor de serviços no que diz respeito à oferta. “Serviços estão realmente puxando a economia. Mas, quando a gente olha pelo lado da demanda, o consumo está mais ainda impositivo”, avalia.

Para ela, os dados de julho indicam que o desempenho da economia se deve ao consumo, um padrão observado ao longo do ano. Para o segundo semestre, já se esperava o início de uma desaceleração, mas os números de julho sinalizam que a economia ainda está aquecida pelos serviços, explica, ao destacar a existência de uma demanda reprimida.

“A gente tem a expectativa de desaceleração por causa do patamar elevado de juros, mas julho ainda não mostrou isso se concretizando. Então, não sabemos em que momento vai desacelerar”, fala a economista da FGV. A expectativa, diz, é que ela ocorra ainda no segundo semestre e, mais forte ainda, em 2023. “Já neste ano, a gente pode sentir essa desaceleração. Mas, por enquanto, os números não estão mostrando isso”.

Balança comercial

Já a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,732 bilhão na terceira semana de setembro de 2022, no período entre os dias 12 e 18, segundo dados divulgados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) do Ministério da Economia. O valor alcançado com exportações foi de US$ 7,791 bilhões e, com importações, de US$ 6,058 bilhões.

Em setembro, o resultado comercial acumula superávit de US$ 3,674 bilhões. A média diária das exportações nesse período registrou aumento de 34,2%, com alta de 59,8% em agropecuária, crescimento de 36,8% em indústria da transformação e de 10,5% na indústria extrativa. No ano, o saldo é positivo em US$ 47,550 bilhões.

As importações subiram 27,4%, também pela métrica da média diária, com aumento de 22,2% em agropecuária, alta de 34,7% na indústria extrativa e de 27,3% na indústria da transformação.

Bens e serviços

Sobre o Boletim Focus, a melhor projeção de crescimento do PIB veio após a divulgação dos dados de atividade de julho, de acordo com o BC. A elevação de 2,65% na estimativas contra 2,02% na alta de um mês atrás é a 12ª alta seguida, Para a expansão do PIB em 2023, por enquanto ainda se espera 0,50%, ante 0,39% de um mês antes.

O Focus mostrou redução na projeção para o crescimento do PIB em 2024, de 1,80% para 1,70%. Para 2025, a mediana foi mantida em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,80% e 2,00%, respectivamente.