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Bolsa e dólar fecham estáveis com mercado aguardando decisões sobre juros | O TEMPO
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Bolsa e dólar fecham estáveis com mercado aguardando decisões sobre juros | O TEMPO

O dólar comercial à vista caiu 0,07%, a R$ 5,075, no menor patamar desde o dia 4 de novembro de 2022

Economia

A Bolsa e o dólar fecharam praticamente estáveis nesta quinta-feira (26). Com o esfriamento da discussão política e fiscal no Brasil, os investidores miraram principalmente nos números do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos e seus possíveis efeitos nos juros do país.

O Ibovespa fechou com um ligeiro recuo de 0,08%, a 114.177 pontos, após atingir a máxima de 2023 nesta quarta-feira (25). O dólar comercial à vista caiu 0,07%, a R$ 5,075, no menor patamar desde o dia 4 de novembro de 2022.

Os juros também apresentaram estabilidade. Os contratos para 2024 saíram de 13,48% do fechamento desta quarta-feira para 13,50%. Para 2025, a taxa subiu de 12,64% para 12,74%. Nos contratos para 2027, os juros subiram de 12,64% para 12,72%.

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O movimento do dólar frente ao real segue caminho oposto ao que ocorre no restante do mundo. A divisa americana tem subido ante outras moedas. Para analistas, a calmaria nas discussões política e fiscal no Brasil pode explicar o bom desempenho do real.

Dados divulgados nesta quinta mostram que a economia americana cresceu 2,9% no quarto trimestre de 2022, na comparação com o mesmo período de 2021. Apesar do crescimento, o sinal é de desaceleração, já que no terceiro trimestre o PIB havia avançado 3,2%.

A divulgação do PIB veio acima do que era esperado por analistas, o que pode pressionar o Federal Reserve (Fed), banco central americano, que se reúne semana que vem para decidir sobre a taxa de juros.

A aposta majoritária do mercado é de nova redução no ritmo de aperto monetário, mas a resiliência da economia americana e do mercado de trabalho podem exigir a continuidade do aperto por mais tempo.

Para a Guide Investimentos, a atividade econômica nos Estados Unidos tem dado sinais mais claros de desaceleração neste início de 2023. "O dado do PIB é mais defasado. Quando olhamos na ponta, os números mais recentes de atividade já mostram rápida desaceleração."

Segundo a equipe de análise da Mirae Asset, a recente onda de demissões, especialmente nas empresas de tecnologia, reforça a percepção de que a economia dos EUA caminha para uma desaceleração, que deve ser sentida principalmente pelos mais ricos, já que as vagas de emprego com rendas mais baixas não têm diminuído.

Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvest, afirma que, apesar da volatilidade no câmbio ao longo do dia, a moeda encerra a quinta-feira praticamente no zero a zero.