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Política

Caso de polícia: Skaf nega ter assinado carta pró-democracia e pede investigação

O empresário Paulo Skaf negou ter dado sua assinatura à Carta pela Democracia promovida pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com ele, seu nome foi incluído na lista de forma fraudulenta.

“Confirmo que não assinei. Fraudaram minha assinatura. Soube ontem à noite (sexta)”, afirmou à CNN Brasil. “Fraude. Falso. Não assinei nada, nem USP, nem Fiesp, nenhum”, disse ele ao Poder360. “Assim como fizeram comigo, devem ter feito com muitos. Uma vergonha”, relatou à Folha.

Depois que advogados entraram em contato com a instituição, o nome do ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) foi retirado da lista de signatários.

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Paulo Skaf registrou um Boletim de Ocorrência (BO) na manhã deste sábado (13) pedindo a apuração da inclusão de seu nome na lista de apoiadores do manifesto.

Em nota oficial, a Faculdade de Direito da USP confirmou que a rubrica dele foi inserida no documento, mas excluída posteriormente. Conforme a universidade, a assinatura falsa consta como “Paulo Antonio Skaf, ex-presidente”, sem menção escrita à Fiesp.

Apesar disso, os organizadores do ato confirmaram que vão comunicar a situação formalmente à Polícia Civil, para que o caso seja investigado, conforme já foi feito em outros casos, segundo eles.

Para fazer a adesão, o site que hospeda a carta solicita somente dados básicos, como nome completo, CPF, endereço de e-mail e profissão.

Com mais de 1 milhão de assinaturas, o documento não cita o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas é visto como uma manobra política de crítica velada ao chefe do Executivo federal.

O próprio mandatário afirmou recentemente que não precisa de “cartinha” para demonstrar sua defesa à democracia e ao cumprimento das regras constitucionais. Declarou, ainda, que texto foi assinado por pessoas “sem caráter” e “cara de pau”.