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Política

Deputado defende acordo militar com EUA e pede celeridade ao Senado: ‘Brasil só tem a ganhar’

O Senado Federal vai analisar o Projeto de Decreto Legislativo (PDL 254/2021) que aprova o acordo entre o Brasil e os Estados Unidos na área de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia militar. Assinado em março de 2020, o tratado foi aprovado na Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado e, agora, depende do aval dos senadores para ser efetivado. A expectativa é que os parlamentares deem celeridade ao processo e tratem o assunto de forma técnica, não ideológica, defendeu o deputado federal Eduardo Cury (PSDB). “Sempre a esquerda tem resistência. Ela obstrui acordos quando são com países democráticos, quando acordos são com países não democráticos eles querem apoiador. Houve boicote por muitos anos do governo do PT e agora conseguimos aprovar na Câmara. No Senado, espero que tenha celeridade, porque ele é extremamente importante ao Brasil”, pontuou o parlamentar, durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.

Atualmente, países como Alemanha, França, Índia, Itália, Israel, Singapura e Suécia também possuem tratados militares semelhantes com os Estados Unidos. Na visão de Cury, que foi relator do texto na Câmara, o acordo é benéfico ao Brasil e vai ajudar a recuperar o atraso militar do país. “Brasil só tem a ganhar com isso. Nesse área militar estamos atrasados. Depois do regime militar houve grande preconceito com as Forças Armadas e o Brasil ficou defasado”, reforçou o deputado, que vê a aposta como um “privilégio”. “Acordo guarda-chuva permite, após aprovação do Senado, que as Forças Armadas façam acordos específicos, inclusive com transferência de material, união de pessoas, atuações nas áreas de pesquisa e treinamento”, completou.

Até o momento, não há previsão para que o tema seja tratado no Senado Federal. A expectativa é que a proposta entre na pauta na Casa ainda no primeiro semestre deste ano e, se aprovada, possa contribuir para o desenvolvimento do país, inclusive no combate ao tráfico de drogas. “Esse acordo dá ao Brasil uma potência de agir no combate ao tráfico de drogas, principalmente na fronteira verde e um pouco de liberdade e interação, vamos trocar inteligência. As nossas Forças Armadas, a Polícia Federal, vão se conectar com os melhores do mundo”, finalizou.