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Conhecimento

Falta de sexo adoece: ficar sem transar prejudica corpo e mente

No auge da pandemia de Covid-19, a engenheira de produção Karina Rocha, hoje com 34 anos, chegou a ficar pouco mais de um ano sem transar.

Solteira, ela não quis se expor aos riscos da enfermidade. “A falta de sexo me trouxe irritação, impaciência. Fiquei mais sensível com qualquer coisa”, relata Karina, que completa: “Sinto que conectar-me com o outro faz bem para a saúde e para a cabeça. Reduz a ansiedade.”

Assim como ela, jovens adultos saudáveis, com idade média de 30 anos, e sexualmente ativos podem sofrer danos físicos e mentais caso fiquem mais de 30 dias sem ter relações sexuais.

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De acordo com uma das principais pesquisadoras do tema no Brasil, a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) da Universidade de São Paulo (USP), a ausência de sexo por período prolongado inibe a produção de hormônios bons, como a dopamina, o que pode levar à ansiedade, ao estresse e à depressão.

É um círculo vicioso. A depressão tira o interesse pelo sexo, mas o contrário também existe. A falta de oportunidade e de parceiro para transar pode contribuir para que a pessoa se sinta deprimida”, explica Carmita, que também é professora na faculdade de medicina da USP.

O psiquiatra Bruno Brandão ressalta que, além de piorar o sono, aumentar a agressividade e o estresse, a falta de sexo vai debilitar o sistema de defesas do corpo, deixando o organismo vulnerável a alergias, infecções e até ao câncer.

“O sistema imunológico controla todo tipo de invasão ao nosso corpo, seja por micro-organismos, bactérias ou vírus. No longo prazo, é fundamental termos uma boa imunidade para diminuir e prevenir enfermidades diversas”, alerta.

Abstinência pode ser boa?

De acordo com a psicóloga e sexóloga Enylda Motta, cada pessoa tem um motivo pra passar pelo período de abstinência de sexo e, dependendo da razão, a situação pode, sim, ser considerada benéfica para esse indivíduo.

“A abstinência sexual é indicada em caso de vícios sexuais, cirurgias, tratamentos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), entre outras possibilidades”, disse.

Conforme a especialista, a abstinência sexual pode ser importante também em um processo de libertação e libertação do vício em pornografia, principalmente em casos em que há a troca do parceiro por esse tipo de conteúdo.