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Social & Lifestyle

Brasil terá o maior horta urbana do mundo até 2024

O programa Hortas Cariocas, da Prefeitura do Rio de Janeiro, foi tema de uma reportagem da Bloomberg. O programa, que busca replicar bons exemplos de sustentabilidade mundo afora,

O Rio de Janeiro está trabalhando com as comunidades locais para construir o que os organizadores dizem que será a maior horta urbana do mundo, como parte de uma iniciativa financiada pelo governo conhecida como “Hortas Cariocas” que visa popularizar o consumo de produtos orgânicos e fornecer uma fonte de renda para famílias carentes.

O Hortas Cariocas, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, foi um dos programas utilizados pela Prefeitura do Rio para atenuar as dificuldades de acesso à alimentação pelas populações em situação de vulnerabilidade durante a Pandemia da Covid-19. As 42 unidades do programa (18 localizadas em escolas municipais e 24 em comunidades) foram orientadas a doar toda a produção de alimentos para as famílias de baixa renda nas comunidades.

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Até 100.000 famílias serão beneficiadas com o projeto todos os meses, de acordo com Julio Cesar Barros , fundador do Hortas Cariocas e diretor de hortas orgânicas agroecológicas da agência municipal de meio ambiente do Rio de Janeiro.

Tornar os alimentos orgânicos mais baratos e acessíveis é um dos principais impulsionadores do projeto, disse Barros. “O resultado do nosso projeto não é ter um belo jardim”, disse Barros. “Um belo jardim é uma consequência do nosso trabalho. O resultado da nossa produção é ver quantos pratos de comida conseguimos servir”, disse ele à Bloomberg.

Semente por semente, o Hortas Cariocas cresceu consideravelmente desde que foi criado em 2006: hoje conta com 56 hortas comunitárias ativas, das quais 29 estão localizadas em favelas e 27 em escolas em toda a cidade. Cerca de 50 mil famílias já estão envolvidas com o projeto, que serve como fonte de alimentos frescos para alguns e renda para outros.

Este ano, a meta é produzir 80 toneladas de alimentos em todas as 56 hortas.

Até agora, cerca de 400 a 500 canteiros foram construídos, disse Barros, o que representa apenas 4% do total a ser construído nos próximos dois anos. As hortas do Parque Madureira têm atualmente 38 jardineiros trabalhando semanalmente, mas quando estiver totalmente operacional, Barros estima que serão cerca de 90 – ou cerca de cinco a oito por hectare.

Todos os jardineiros são remunerados pelo seu trabalho, com os jardineiros de nível inferior recebendo uma bolsa mensal de R$ 500, enquanto os líderes e coordenadores de equipe recebem R$ 630 e R$ 1.000 , respectivamente. Para financiar as bolsas, Barros disse que a prefeitura gasta R$ 140 mil por mês.

Conforme relata o veículo, dos produtos cultivados, 50% são doados para pessoas carentes e os outros 50% são vendidos por jardineiros a preços acessíveis para a comunidade. O objetivo é que cada horta se torne autossustentável e, em última análise, independente, disse Barros. A decisão de ’emancipar’ é feita pelos jardineiros e voluntários de cada comunidade.