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EUA. Exilados cubanos "indignados" com libertação da espiã Belen Montes
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EUA. Exilados cubanos "indignados" com libertação da espiã Belen Montes

A Assembleia da Resistência Cubana (ARC), que reúne 35 organizações civis de dentro e fora de Cuba, manifestou hoje "repúdio e indignação" pela libertação da espiã cubana Ana Belen Montes nos Estados Unidos.

Internacional

Creio que há um sentimento geral de repulsa e indignação pela sua libertação. Ela é uma traidora do país e colocou em risco a segurança de todos os seus cidadãos", disse Orlando Gutiérrez, coordenador da ARC, ao portal de notícias Cubanet.

O responsável por esta organização de exilados cubanos responsabilizou diretamente Ana Belen Montes pelas mortes que resultaram da revelação da identidade de pessoas e de dados sobre operações a inimigos dos Estados Unidos.

"Passou ao regime despótico de Cuba informação que foi passada aos piores inimigos dos Estados Unidos", disse o exilado Orlando Gutiérrez.

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Ana Belen Montes, de 65 anos, foi presa em 2001 por agentes do FBI por enviar informações sigilosas às autoridades cubanas durante os 17 anos que trabalhou para a Agência de Inteligência de Defesa (DIA) dos Estados Unidos.

Conhecida como a "Rainha de Cuba" e apontada como uma das espiãs mais nocivas da história dos Estados Unidos, Montes deixou uma prisão federal de segurança máxima para mulheres em Forth Worth (Texas) na última sexta-feira e viajou no fim de semana para Porto Rico, onde disse que não vai participar "em atividades mediáticas".

A Assembleia da Resistência Cubana sublinhou que "a extensa espionagem realizada por Montes teve um alto custo em vidas humanas, tanto para norte-americanos, como para cubanos", uma vez que não revelou apenas a identidade de agentes dos Estados Unidos, como também forneceu "informações à ditadura cubana para se infiltrar em grupos humanitários como o Brothers to the Rescue".

Orlando Gutiérrez disse ainda que as ações de Montes geraram "adversas repercussões na luta e na defesa dos direitos humanos em Cuba", porque, depois da sua detenção, os Estados Unidos "deixaram de considerar que a ditadura cubana representava uma ameaça para a estabilidade geopolítica da região".