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'Balão espião' da China também sobrevoa América Latina, dizem EUA | O TEMPO
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'Balão espião' da China também sobrevoa América Latina, dizem EUA | O TEMPO

Supostamente utilizado para espionagem, aparato é monitorado pelo Departamento de Defesa norte-americano

Internacional

Um segundo "balão de vigilância" chinês sobrevoava a América Latina, afirmou o Pentágono nesta sexta-feira, depois que um primeiro balão foi detectado na véspera nos Estados Unidos. "Observamos relatos de um balão transitando pela América Latina. Avaliamos agora que é um outro balão de vigilância chinês", informou o porta-voz do Departamento de Defesa, Pat Ryder, sem especificar a localização exata do balão.

O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, monitora um balão espião chinês que sobrevoa o território norte-americano, informou um alto funcionário da Defesa dos EUA nesta quinta-feira (2). A pedido do presidente Joe Biden, o Departamento de Defesa considerou abater o aparato, mas decidiu não fazê-lo devido aos potenciais riscos para as pessoas em solo, indicou a fonte, que pediu anonimato.

O que é exatamente o balão chinês e como ele é operado?

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Um balão de alta altitude usa correntes de vento para se locomover e pode conter radares e câmeras para monitoramento de 24 km a 37 km de altitude. Um avião comercial chega a no máximo 12 km de altitude. Não se sabe, ainda, o tamanho do balão usado pelos chineses. A altitude do objeto é controlada a distância para aproveitar correntes de ar. Ele pode funcionar com energia solar.

Por que um balão em vez de imagens de satélite?

Os balões de alta altitude que são usados para espionagem são uma alternativa barata aos satélites, cujo lançamento custa dezenas de milhões de dólares. Além disso, o aprimoramento recente de lasers pode cegar temporariamente os satélites, impedindo fotografias e eventualmente danificando os objetos. Outra alternativa para bloquear os satélites artificiais, ainda que perigosa, é sua destruição. Em 2021, por exemplo, a Rússia lançou um míssil, partindo da Terra, que destruiu um de seus próprios maquinários espaciais em uma demonstração de força -movimento que já havia sido feito pela China, em 2007, e pela Índia, em 2019, além dos EUA. Outros satélites carregados de explosivos também podem fazer o ataque. As ações violentas, no entanto, podem causar acidentes com outros instrumentos espaciais civis.

O que os EUA estão fazendo a respeito?

Inicialmente, jatos F-22 da Força Aérea americana foram acionados para acompanhar o objeto, que não foi derrubado devido ao risco de que seus destroços pudessem cair sobre áreas civis, de acordo com uma autoridade de defesa que falou sob condição de anonimato. O governo Biden diz ter buscado imediatamente Pequim para esclarecimentos, mas a China a princípio não se manifestou publicamente. Mais tarde, a chancelaria chinesa afirmou em nota que o objeto tem origem civil, é usado sobretudo para pesquisas meteorológicas e desviou de sua rota devido a correntes de vento.