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Negócios

Emirados Árabes querem atrair empresas alimentícias brasileiras

Com uma terra majoritariamente composta por deserto, com pouca água e pouca terra cultivável, os Emirados Árabes Unidos têm uma preocupação especial com sua segurança alimentar, já que mais de 80% dos alimentos consumidos são importados.

Segundo a ministra de Mudanças Climáticas e Meio Ambiente dos Emirados Árabes, Mariam Almheiri, o Brasil, cuja principal pauta exportadora para a nação árabe são alimentos (em especial carne de frango), é um parceiro importante para garantir que não falte comida para o país.

Mas os Emirados Árabes não veem o Brasil apenas como um exportador de gêneros alimentícios. Durante a abertura do encontro de empresários das duas nações, neste último domingo (3) em Dubai, a ministra destacou que seu país pode ser atrativo para empresas brasileiras que queiram aí se estabelecer, devido à qualidade da infraestrutura de transportes e a proximidade com grandes mercados consumidores no Oriente Médio, Norte da África e subcontinente indiano.

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Ela citou a BRF como exemplo de empresa brasileira que estabeleceu uma planta industrial nos Emirados. “Produtores de alimentos brasileiros que queiram se estabelecer nos Emirados Árabes podem se beneficiar de leis recém-criadas que permitem 100% de propriedade estrangeira na produção de trigo, milho, cevada, legumes e cana-de-açúcar, alimentos básicos de que o país precisa”, declarou a ministra.

Agrotecnologia

Mariam Almheiri também explicou que os Emirados Árabes têm interesse nas tecnologias agrícolas brasileiras. Segundo o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, que também participou da reunião em Dubai, o país demonstrou interesse pelo trabalho desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

“Nós desenvolvemos uma tecnologia que transformou o cerrado brasileiro, uma terra que ninguém achava que ia produzir algo, no maior celeiro do Brasil hoje. Isso é o que a gente pode exportar para outros países. É onde a ministra gostaria que houvesse esse trabalho”, afirmou o general.

“Com a tecnologia que nós desenvolvemos, com o plantio direto, o não uso de determinados tipos de fertilizantes e sem danificar a terra, hoje no cerrado, em alguns lugares, conseguimos ter três safras por ano exatamente por causa dessa tecnologia. Nas nossas conversas com outros países, temos sido sempre enfáticos nessa questão, que estamos prontos para auxiliar e difundir isso aí”, acrescentou.

Com informações, Agência Brasil.