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Guedes estima desoneração na Saúde em até R$ 2,5 bi e diz que impacto financeiro não é espantoso
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Guedes estima desoneração na Saúde em até R$ 2,5 bi e diz que impacto financeiro não é espantoso

De acordo com o ministro da Economia, os gastos com a medida anunciada por Jair Bolsonaro (PL) não são 'espantosos'

Economia

Durante agenda nos Estados Unidos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou a possibilidade de inclusão da Saúde na desoneração da folha de pagamento e afirmou que o impacto na arrecadação do governo federal com a medida deve chegar a R$ 2,5 bilhões.

"O presidente me ligou e falou: 'PG [Paulo Guedes], 17 setores estão desonerados, vamos desonerar mais um?'", contou o ministro. "Presidente, tem que ver o impacto fiscal, vamos dar uma olhada. Demos uma olhada, fica entre R$ 1 bilhão e R$ 2,5 bilhões", completou.

As declarações foram dadas por Guedes a jornalistas após sessão do G20, em Washington DC, capital dos Estados Unidos. Para o ministro, os valores da medida não são "espantosos".

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A medida foi anunciada pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), na última quinta-feira (13), durante agenda em Recife (PE). "O Brasil está no caminho certo. De vez em quando, eu acerto quando dou palpite na economia, [de forma] reservada, e levo ao Paulo Guedes [ministro da Economia] o que eu penso. E eu pedi para ele desonerar a folha da Saúde do Brasil. São 17 setores que já estão desonerados, e ele falou que eu poderia anunciar a desoneração da Saúde no Brasil. O impacto é compatível", afirmou.

A desoneração beneficia empresas porque reduz os encargos trabalhistas pagos por elas. A medida consiste em trocar os impostos sobre os salários dos empregados por uma alíquota sobre o faturamento. Hoje, essas empresas podem escolher: ou pagam 20% de contribuição previdenciária sobre o salário dos funcionários ou uma alíquota que vai de 1% a 4,5% sobre o faturamento bruto.

O incentivo foi criado para estimular a contratação de funcionários e a manutenção de empregos. Juntos, os setores de construção civil, calçados, tecidos, transporte rodoviário, proteína animal e comunicações empregam mais de 6 milhões de trabalhadores.