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Esportes

Na Maratona, um recorde, a medalha de número 72 do Brasil

Antes deste domingo, dia 5 de Setembro, o derradeiro da XVI Paralimpíada realizada em Tóquio, faltava só um pódio para que o Time Brasil igualasse o seu recorde antológico de 72 medalhas, estabelecido nos Jogos do Rio/2016. No total de Tóquio, já arrebatara exatas 71, ou 22 de ouro, 19 de prata, 30 de bronze. Bons augúrios prenunciavam alegria. Com as 22 de ouro já havia suplantado o primado de 21, obtido em Londres/2012. E também já havia sobrepujado a meta que o CPB, o Comitê Paralímpico Brasileiro, fantasiara alcançar, o seu centésimo triunfo na história do evento. Já no sábado havia desembarcado nos 109. E é óbvio que tem um significado muito maior ganhar 72 medalhas numa plaga do outro lado do mundo e com uma delegação da metade do tamanho daquela escalada dentro de casa.

Pois o prêmio de número 72 brotou de maneira belíssima na classe T46 para deficientes físicos da prova mais exaustiva e desgastante do Atletismo, a Maratona, graças à prata de Alex Douglas Pires da Silva, gaúcho de Sapiranga, de 31 anos de idade. Aos oito, num exame trivial de Educação Física na sua escola primária, Alex descobriu que o seu braço esquerdo era mais curto que o direito. Sua família buscou orientação e lhe recomendaram uma cirurgia na articulação do ombro. Haveria riscos, porém. E ele se adaptou à situação e até se tornou paratleta. Num grupo de 12 corredores, apenas se livrou do pelotão do meio por volta de 3/4 dos 42km195 oficiais. Não conseguiu passar o chinês Li Chaoyan, 2h25’50”. Todavia, com o tempo de 2h27”00, definiu um novo recorde sul-americano na sua classe.