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Negócios

Receitas da Huawei despencam depois de sanções dos EUA

A Huawei viu as suas receitas caírem bruscamente no 1º semestre deste ano, depois de sanções impostas pelos Estados Unidos. Segundo a empresa chinesa de tecnologia, a queda foi de 29,4% em relação ao mesmo período no ano passado. A prioridade da companhia, segundo seu presidente, tem sido “sobreviver”. Eis a íntegra do documento divulgado pela empresa (73 KB). “Nós definimos nossos objetivos estratégicos para os próximos 5 anos. Nossa meta é sobreviver, e de modo sustentável“, disse Eric Xu, presidente da Huawei, em nota.

Em 2019, os EUA impuseram uma série de sanções comerciais à Huawei e outras empresas chinesas. Quando assinou a medida, o então presidente Donald Trump citou preocupações de segurança nacional. Desde então, os fornecedores da Huawei que usam tecnologia americana para fabricar componentes para a empresa chinesa precisam pedir aprovação dos EUA. Isso dificultou a produção de peças essenciais.

De acordo com comunicado da companhia chinesa, as receitas foram de US$ 49,5 bilhões (R$ 259,5 bilhões) no 1º semestre deste ano. O setor de produtos eletrônicos de consumo foi o mais prejudicado, com queda de quase 47% em relação ao mesmo período do ano passado. O bloqueio de chips norte-americanos em smartphones da empresa impediu que os equipamentos fossem vendidos no país. A área que vende equipamentos de infraestrutura a companhias de telecomunicações também registrou queda de 14,2%.

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O único segmento da empresa que cresceu foi o de negócios empresariais, que oferece soluções digitais para cidades inteligentes, finanças, transporte, energia, manufatura e educação. O aumento da receita no semestre foi de 18,2% em relação ao ano passado. A empresa planeja reforçar o seu negócio de computação em nuvem e desenvolvimento de software. De acordo com o executivo-chefe Ren Zhengfei, responsável pela área, “devemos ousar liderar o mundo no puro domínio do software“. O foco da companhia será no sistema operacional Harmony OS, usado pela Huawei para substituir o Android, da Google, em seus smartphones.