BACK
Ciência & Tecnologia

Vida alienígena? James Webb detecta CO2 em exoplaneta

Gás carbônico é um dos biomarcadores de vida utilizados pelos cientistas;

Planeta, no entanto, não parece ser capaz de sustentar vida por ser um gigante gasoso;

Dados do James Webb ainda serão beneficiais para entender a formação histórica de WASP-39 b.

Click to continue reading

O telescópio espacial James Webb realizou um feito inédito no mundo da exploração espacial: a detecção de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera de um planeta fora do nosso sistema solar. A presença do gás pode indicar a presença de vida alienígena, sendo um dos biomarcadores procurados pelos astrônomos em busca de vida no espaço.

“Assim que os dados apareceram na minha tela, a característica gritante de dióxido de carbono me impressionou”, disse Zafar Rustamkulov, estudante de pós-graduação da Universidade Johns Hopkins que participou da pesquisa.

No passado, os telescópios Hubble e Spitzer já haviam detectado substância como vapor de água, sódio e potássio na atmosfera do WASP-39 b, planeta alvo das investigações.

No entanto, pelo que parece não foi desta vez que encontramos companheiros no espaço sideral. WASP-39 b é um gigante gasoso a 700 anos-luz de distância da Terra, ou seja, é de uma formação na qual os cientistas não esperam encontrar vida, ao contrário de planetas rochosos.

A descoberta, contudo, ainda tem bastante valor, ajudando os pesquisadores a compreenderem a formação do planeta. “Quando a gente mede essa característica do dióxido de carbono, podemos determinar o quanto de material gasoso e sólido foi usado para formar este planeta gigante de gás", disse Mike Line, da Arizona State University, que também participou da pesquisa.

Entusiastas e profissionais da astronomia esperam também que, no futuro, o Webb participe cada vez mais desse tipo de investigação, ajudando com informações sobre a formação dos planetas.

"Na próxima década, o James Webb fará essa medição para uma variedade de planetas, fornecendo informações sobre os detalhes de como os planetas se formam e a singularidade do nosso próprio sistema solar”, concluiu Line.