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Cultura & Entretenimento

21/Fevereiro: A Batalha de Monte Castello

Hoje é dia de rememorar a tomada de Monte Castelo, vitória marcante da nossa Força Expedicionária Brasileira nos campos de batalha italianos.

Esses sim combateram e derrotaram os fascistas e nazistas!!

Salve a Força Expedicionária Brasileira!

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A Batalha de Monte Castello foi travada ao final da Segunda Guerra Mundial, entre as tropas aliadas e as forças do Exército Alemão, que tentavam conter o seu avanço no Norte da Itália. A batalha marcou a presença da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito. A batalha arrastou-se por três meses, de 24 de novembro de 1944 a 21 de fevereiro de 1945, durante os quais se efetuaram seis ataques, com grande número de baixas brasileiras devido a vários fatores. Quatro dos ataques não tiveram êxito, por falhas de estratégia, mas a batalha chegou a seu fim em 21 de fevereiro de 1945 com a vitória dos aliados, a derrota dos alemães e a tomada de Monte Castello por tropas brasileiras.

Monte situado em Gaggio Montano, a 40 km a norte de Pistoia, em cujo cemitério há um monumento aos combatentes brasileiros, e a 61,3 km a sudoeste de Bolonha. Um Monumento ai Caduti Brasiliani foi inaugurado na via Località Abetaia (SP623), próximo a Abetaia (Gaggio Montano). Coordenadas 44.221799°N 10.954227°E, a 977 m de altitude, nos Apeninos setentrionais, entre as regiões Toscana e Emília-Romanha. A batalha de Monte Castello está inserida na 2ª fase da Operação de Rompimento da Linha Gótica (no setor de responsabilidade do IV Corpo do V exército americano), na Campanha da Itália.

Em novembro de 1944 a 1ª DIE, após cumprir as missões a ela delegadas na frente de batalha no vale do rio Serchio (onde vinha combatendo há cerca de dois meses), foi enviada para a frente do rio Reno,[3] na base dos Apeninos setentrionais, na divisa central das regiões Toscana e Emília-Romanha. Neste ponto da Linha Gótica, num perímetro que tinha um raio aproximado de 20 quilômetros, cobrindo uma área que tinha à frente montanhas sob controle dos alemães, o general Mascarenhas de Moraes montou seu quartel-general avançado, na localidade de Porretta Terme.[4]

As posições de artilharia alemãs eram consideradas privilegiadas, submetendo os aliados à uma vigilância constante, dificultando qualquer avanço em direção à Bolonha e ao Vale do Pó. Estimativas davam conta que o inverno seria rigoroso, complicando a situação que no outono, já havia se degenerado devido às chuvas que transformaram as estradas já esburacadas pelos bombardeiros aliados, em lamaçais.

O general Mark Clark, comandante das Forças Aliadas na Itália, pretendia liberar com o IV Corpo de exército (do qual a divisão brasileira fazia parte), o caminho do 8º Exército Britânico rumo à Bolonha, antes que as primeiras nevascas começassem a cair. Entretanto, o complexo de defesas formado pelos alemães em torno de Monte Castello, (Lizzano in) Belvedere, Monte Della Torracia, Castelnuovo (di Vergato), Torre di Nerone e Castel D'Aiano, mostrou-se extremamente resistente.

As vitórias da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no Teatro de Operações da Itália, contra as forças do Nazi-fascismo, marcaram uma das mais belas páginas da História do Brasil. A Batalha de Monte Castelo, a mais terrível da Campanha Expedicionária, foi a primeira de uma série de vitórias expressivas das tropas brasileiras, que culminou com a rendição de 14.779 militares de três divisões alemãs, além de 4.000 animais e 2.500 viaturas, na região de Collecchio e Fornovo di Taro. Assim, a FEB contribuiu de maneira decisiva para o rompimento da Linha Gótica e para a ofensiva final dos aliados naquela frente.

Tal feito foi considerado um dos mais importantes em todo o teatro de operações europeu durante a Segunda Guerra Mundial.

Essa história de glórias teve início em 22 de agosto de 1942, quando o Brasil declarou guerra contra os países do eixo, após as ações de submarinos alemães na região do litoral brasileiro, que afundaram 19 navios e mataram cerca de 700 pessoas.

Dessa forma, em 9 de agosto de 1943, foi constituída a Força Expedicionária Brasileira, sob o comando do General João Batista Mascarenhas de Moraes, composta por 25.334 homens, recrutados em todos os estados da federação, aí incluídos 25 capelães, 67 enfermeiras e 28 funcionários do Banco do Brasil.

Cabe destacar a relevante participação de oficiais da reserva, oriundos dos Centros e dos Núcleos de Preparação de Oficiais da Reserva. Dos 1.070 tenentes que integraram a FEB, 433, ou seja 41%, eram da reserva de 2ª classe (R/2). Dos 12 oficiais mortos em combate, seis eram Tenentes R/2.

A propaganda adversa, na época, dizia que era mais fácil uma cobra fumar do que a FEB partir para a guerra. No entanto, no dia 1º de julho de 1944 a “Cobra fumou”, e o primeiro escalão da FEB partiu do Porto do Rio de Janeiro em direção aos campos de batalha da Europa. Este tornou-se o lema da FEB “a cobra está fumando”.

No dia 16 de julho de 1944, a tropa brasileira desembarcou em Nápoles e passou a integrar o V Exército norte-americano, sob o comando do General Mark Clark.

Após serem armados, equipados e treinados em solo italiano, os nossos pracinhas conquistaram sua primeira vitória em Camaiore, na primeira fase das operações, no vale do rio Serchio.

Após algumas importantes vitórias nessa região, os brasileiros foram deslocados para o vale do rio Reno, onde iniciaram a 2ª fase do rompimento da Linha Gótica.

Nesse contexto, a Batalha de Monte Castelo arrastou-se por três meses, de novembro de 1944 a fevereiro de 1945, durante os quais foram realizados seis ataques, com grande número de baixas brasileiras.

Apesar de todas as dificuldades impostas pelo terreno, pelas condições atmosféricas e pela grande capacidade defensiva dos alemães, a elevação de 977 m de altitude, situada nos Alpeninos, foi conquistada em 21 de fevereiro de 1945.

Monte Castelo foi mais do que uma grande batalha vencida, pois representa, ainda hoje, a força, a garra e a coragem do povo brasileiro, na construção de paradigmas para toda a humanidade. A vitória foi a prova da eficácia dos brasileiros na Itália na 2ª Guerra Mundial e foi estratégica para a sequência da campanha dos aliados e derrota dos nazistas.