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Europa registra o verão mais quente da história em 2022

O verão de 2022 foi o mais quente na história da Europa, após o continente sofrer fortes ondas de calor e a pior seca em séculos, afirmou nesta quinta-feira (08/09) o monitor climático da Comissão Europeia. É o segundo verão consecutivo de temperaturas recordes na Europa.

O Serviço Europeu Copernicus (C3S) disse que as temperaturas na Europa foram as "mais elevadas para o mês de agosto e para todo o verão [junho-agosto]". Os dados apontam que o mês de agosto foi o mais quente já registrado por uma "margem considerável", superando os dados de agosto de 2021 em 0,4 °C.

"Uma intensa série de ondas de calor em toda a Europa, combinada com condições excepcionalmente secas, levaram a um verão de extremos, com recordes em termos de temperatura, seca e incêndios florestais em muitas partes da Europa, afetando a sociedade e a natureza de várias maneiras", afirmou Freja Vamborg, diretora do C3S.

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"Os dados mostram que não só tivemos temperaturas recordes em agosto na Europa, mas também para o verão. O recorde anterior do verão foi há apenas um ano", acrescentou Vamborg.

Hemisfério Norte também sofre com secas

O mês de agosto de 2022 foi muito mais seco, em média, na Europa Ocidental e em partes do leste europeu. Além disso, choveu mais do que o normal no sudeste do continente e em partes da Escandinávia.

Além da Europa, outras regiões do Hemisfério Norte também sofrem com secas e incêndios florestais, como resultado do aumento das temperaturas. Os reservatórios dos EUA atingiram níveis baixos, e os moradores podem sofrer com falta de água.

Na China, uma onda de calor recorde tem levado a racionamentos de energia e fechamento de indústrias. No final de agosto, a Comissão Europeia disse que cerca de dois terços do continente estava passando por uma seca.

Os baixos níveis de água no rio Reno, na Alemanha, interromperam parte das cadeias de suprimentos, pois alguns navios não conseguiram atravessar a hidrovia totalmente carregados.

Na quarta-feira, um relatório da Organização Meteorológica Mundial disse que secas mais longas e ondas de calor mais frequentes estão alimentando incêndios florestais, que pioram a qualidade do ar. O relatório chamou as consequências para a saúde humana e para os ecossistemas de "penalidade climática".