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Internacional

Pandemia leva Hong Kong a transformar hotéis vazios em moradias

Os hotéis em Hong Kong estão sendo transformados em empreendimentos residenciais para atender à demanda por moradias, já que a indústria do turismo, atingida pela pandemia, não mostra sinais de recuperação.

Os incorporadores imobiliários e o governo estão procurando reaproveitar hotéis na cidade, onde há escassez de apartamentos.

A CK Asset Holdings, do magnata Victor Li, está liderando a tendência, com planos de converter duas de suas propriedades. A incorporadora conseguiu aprovação do governo para transformar um hotel na área de Ma On Shan em 758 apartamentos em 26 de fevereiro. Outro de seus hotéis, no New Territories, deve fornecer mais de 5.000 residências após sua conversão ter recebido sinal verde no final do ano passado.

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A incorporadora de médio porte CSI Properties está convertendo um hotel em Kowloon para uso residencial e comercial. O departamento de planejamento da cidade aprovou seu pedido em 26 de fevereiro.

O governo está alocando HK$ 95 milhões (US$ 12,2 milhões) para subsidiar 800 quartos de hotéis e albergues para famílias locais nos próximos dois anos. Atualmente está em negociações com mais de 10 hotéis e albergues sobre alojamento temporário para os menos favorecidos, disse Frank Chan, o Secretário de Transporte e Habitação, em uma postagem em blog publicado no final de fevereiro.

As unidades funcionarão como habitação de transição para residentes elegíveis que aguardam apartamentos de habitação pública.

A conversão de quartos de hotel faz sentido para Hong Kong. Como em grande parte do mundo, a indústria de turismo local praticamente parou no ano passado, com uma queda de mais de 90% no número de viajantes em 2020 em relação ao ano anterior.

Em grande parte, os hotéis dependeram de clientes locais e viajantes que aguardam em quarentena o momento para fazer negócios.

No entanto, a demanda por propriedades residenciais no mercado de imóveis menos acessível do mundo permanece forte. Residentes ricos ainda fazem fila para comprar novas propriedades, enquanto os pobres precisam desesperadamente de moradias públicas.

A pandemia custou o emprego para muitas famílias, tornando mais difícil para elas a compra de moradias adequadas.

“Também afetadas pela pandemia e pela crise econômica estão as famílias de baixa renda que vivem em unidades subdivididas à espera de moradias públicas”, disse Chan em seu blog. “O desemprego ou subemprego aumentam seu fardo, tornando a demanda por moradias temporárias ainda maior.”