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Uip alerta que reunião familiar pode causar contaminação por Covid: ‘Muitas vezes evolui para morte’ – Jovem Pan
jovempan.com.br

Uip alerta que reunião familiar pode causar contaminação por Covid: ‘Muitas vezes evolui para morte’ – Jovem Pan

Infectologista falou sobre temor das aglomerações no Dia das Mães e sobre casos de famílias inteiras que se contaminam com Covid-19

Saúde

Entrevistado pelo “Jornal da Manhã”, da Jovem Pan, neste sábado, 8, o infectologista e membro do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, David Uip, falou sobre a pandemia da Covid-19 no Estado e as possibilidades de uma terceira onda da doença após o controle das internações em UTIs. Segundo ele, o prazo médio para detectar o aumento ou não de casos no Estado após o afrouxamento de medidas restritivas válidas a partir deste sábado, 8, é de 14 dias e apesar do sistema de saúde de São Paulo estar menos pressionado, com alguns hospitais chegando a desativar leitos, é necessário manter o distanciamento social e pessoal, mesmo no Dia das Mães. “As pessoas muitas vezes se reúnem em pequenos grupos. Me preocupa o Dia Das Mães porque as pessoas se sentem confortáveis porque é um número de pessoas da mesma família. Não mantendo esse distanciamento pessoal, obviamente, na hora das refeições não usam máscaras, aí é que estão muitas das contaminações”, afirmou. O médico narrou que não é raro encontrar casos de uma família inteira de pessoas infectadas que, mais tarde, chegam a ficar internadas pela doença. “Muitas vezes evolui para a morte”, recordou. Ele aconselha que as reuniões tenham o mínimo de pessoas possível se realizadas.

Questionado sobre as medidas de relaxamento impostas após ordem da Justiça no Rio de Janeiro e o controle de divisas estaduais com São Paulo, o médico lembrou da dificuldade de se administrar a contaminação independente da qualidade do monitoramento das medidas de segurança sanitárias. “Se também não houver conscientização da população, decretos não resolvem”, afirmou, reconhecendo que continuar isolado é um “enorme sacrifício”, mas garantindo que ele deve ser feito até a vacinação ser massificada no país. O médico lembrou que, por termos “recebido” a pandemia depois de continentes como a Europa, podemos aprender com o que ocorre no exterior. Como o país ainda está administrando as primeiras doses das vacinas, ele lembra que esse não é o momento de questionar se precisamos da terceira, e sim de pensar em reservar a segunda dose para todos os que já receberam a primeira.