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Cantor Rallie: “Ainda há um longo caminho a trilharmos para alcançarmos a igualdade racial”

No Dia da Consciência Negra, o cantor Rallie, que lançou o disco Imersão 32 D, o primeiro a usar tecnologia 32 D no Brasil, reflete a respeito da causa negra e de como, em pleno Terceiro Milênio, ainda é preciso dizer em alto e bom som, que não há mais como aceitar o preconceito e tanta desigualdade.

“O racismo é um jogo de antagonismo entre as raças. Os obscurantistas querem desapropriar a luminosidade da raça negra. Nelson Mandela disse certa vez que ninguém nasce odiando o outro pela cor de sua pele ou por sua origem ou mesmo por sua religião. Elas precisam aprender. E se elas aprendem a odiar também podem ser ensinadas a amar. Nesse contexto, um processo fundamental é iniciar a criança nos modos e maneiras de conhecer-se e conhecer seus pais e suas origens”, diz o cantor, nascido em Feira de Santana, mas que se divide há mais de 20 anos entre Brasil e Angola, onde atua também como empresário.

Conhecedor das realidades de Brasil e da África, Rallie sabe muito bem os caminhos que o povo preto tem percorrido para ver sua cultura e até sua humanidade respeitada. “Agora Imortal na academia brasileira de letras, Gilberto Gil falou sobre combater o racismo com a “racialidade”. Ele chama de “racialidade” o reconhecimento de cada raça naquilo que ela significa e no que pode ter contribuído para as outras. Reconhecer a pele negra, o cabelo encaracolado, valorizar essas coisas. Ou seja, a raça como espelho, como autoconhecimento, se olhar no espelho e se ver inteiro, ver quem você é”, afirma.

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Para o cantor, o dia de hoje, é um momento para reflexão, mas a causa ainda seguirá com suas demandas. “O 20 de novembro é consagrado no Brasil o Dia Nacional da Consciência Negra, data histórica em que foi assassinado em 1695 o líder Zumbi do Quilombo dos Palmares, um dos principais símbolos da resistência negra à escravidão. Marchas, leis e reivindicações recentes demonstram que ainda há um longo caminho a trilharmos para alcançarmos a igualdade racial”, finaliza Rallie.

Tags: Consciência Negra, Musica, Brasil, Angola