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Opinião

Especialista avalia a realização da COP 26 na Escócia

Por Everton Gomes

Porta-voz do Rio Boa Praça, cientista político e especialista em meio-ambiente, Everton Gomes avalia a realização da COP 26 (Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima) que começou no dia 31 de outubro, em Glasgow, na Escócia, e vai até o dia 12.

"É uma reunião com o propósito de debater a redução da emissão de gases do efeito estufa. Representantes da maioria dos países do mundo têm como base os mais recentes dados científicos que monitoram os impactos atuais e futuros do aquecimento .A publicação norteadora da conferência será o último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão que compila estudos sobre o tema para a ONU. As mudanças climáticas afetarão muitos setores estratégicos do Brasil. É preciso discutir como o país lidará com esses impactos econômicos e sociais e qual será a alocação de recursos para resolver as deficiências já existentes, como a segurança energética, hídrica e alimentar. São todas discussões de médio a longo prazo. Pela primeira vez, o IPCC traçou um mapa geográfico de riscos com os efeitos extremos, e apontou o Nordeste brasileiro como alvo de tais alterações. Algumas regiões semiáridas e a chamada Região da Monção da América do Sul, que compreende parte do Centro-Oeste brasileiro, da Amazônia, da Bolívia e do Peru, deverão ter os maiores aumentos de temperatura nos dias mais quentes do ano , até duas vezes mais que a taxa de aquecimento global. Com uma estação mais prolongada e maior demora para entrada do período chuvoso há um impacto direto sobre a atividade econômica principal na região, a agricultura. O relatório do IPCC mostra que, nos piores cenários, a plantação de milho e soja ficará inviabilizada em estados como Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia A ausência do Presidente Bolsonaro na COP 26 reforça, simbolicamente a falta de compromisso com a luta pela transformação", disse Everton.

Tags: COP, ONU, IPCC, Clima, mudançasclimáticas