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55 raias, 3 tubarões e uma móbula são encontrados mortos na praia de Peruíbe | CNN Brasil
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55 raias, 3 tubarões e uma móbula são encontrados mortos na praia de Peruíbe | CNN Brasil

55 raias, 3 tubarões e uma móbula são encontrados mortos na praia de Peruíbe. Clique e acesse a matéria na íntegra na CNN Brasil.

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O Instituto Biopesca, instituição responsável pelo monitoramento de 75 quilômetros de praias com o objetivo de avaliar os possíveis impactos das atividades petrolíferas nas espécies marinhas, foi acionado na última quinta-feira (23), por volta das 11h50, em decorrência do aparecimento de 55 raias, três tubarões neonatos martelo e uma móbula mortos na praia de Peruíbe (SP).

A Secretaria Municipal de Peruíbe entrou em contato com o instituto após encontrar os animais em um trecho de vegetação na praia de Taningwá.

Em nota, o Biopesca informou que sua equipe foi até o local e recolheu as carcaças, que apresentavam marcas de interação com rede de pesca. Os corpos foram levados para análises. O Instituto Biopesca deve elaborar um relatório técnico sobre a ocorrência.

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De acordo com o biólogo Italo Bini, do Instituto Biopesca, a maior parte das raias pertence à espécie Rhinoptera bonasus (raia ticonha) e algumas tiveram o seu ferrão cortado. As marcas sugeriam que esse corte foi feito com algum tipo de lâmina.

“Muito provavelmente, esses animais foram capturados por redes de pesca de arrasto, que têm como espécie alvo o camarão”, comenta Rodrigo Valle, coordenador geral do Instituto Biopesca.

No caso das raias, em particular, elas podem ser comercializadas e seu ferrão é cortado antes de serem vendidas. “Já sabemos que tanto raias como tubarões podem ser vendidos como cação e o consumidor não é informado disso”, explica Bini.

Com a chegada do verão e de turistas às praias do litoral, os esforços de pesca aumentam para atender o consumo, o que pode configurar-se como uma ameaça às espécies marinhas.

Segundo Valle, a pesca de arrasto é autorizada, mas desde que executada como técnica artesanal, ou seja, desde que as redes não sejam movidas por motores, por exemplo.

Essa técnica consiste na amarração das redes aos barcos por cordas ou correntes, permitindo que elas alcancem o leito de oceano e sejam arrastadas. Dessa forma, muitos animais que não são o alvo da pesca – tartarugas, raias e tubarões – acabam presos e sendo descartados.