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Ajuda aérea a caminho após erupção com tsunami em Tonga
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Ajuda aérea a caminho após erupção com tsunami em Tonga

A erupção de sábado provocou um maremoto com danos ainda por apurar em Tonga. As ondas anormais atingiram também o Japão, os Estados Unidos, o Peru e até em Portugal se sentiram

Internacional

A erupção no oceano Pacífico seguida de tsunami está a agravar a situação no arquipélago de Tonga. Há muitos danos e a água potável começa a faltar.

Esta segunda-feira, a Austrália e a Nova Zelândia já conseguiram enviar aviões para a região com o objetivo de aferir as consequências da erupção do vlcão "Hunga Tonga-hunga", localizado a escassos 65 quilómetros de Nuku’Alofa, a capital de Tonga, situada na ilha de Tongatapu.

As comunicações no arquipélago estão em baixo e a nuvem de fumo tem sido um obstáculo ao tráfego aéreo pela região, com diversos voos comerciais a serem cancelados devido ao vulcão.

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"Este é um acontecimento importante e a Nova Zelândia vai fazer tudo o que puder para oferecer apoio e assistência", expressou Nanaia Mahuta, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Nova Zelândia de origem mahori.

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Marise Payne, fala de "momentos muito desafiantes" com "as comunicação profundamente afetadas pela erupção vulcânica, sentida também noutras partes da região".

"Aqui, na Austrália, sentimos os efeitos na costa, mas sentiu-se sobretudo nas ilhas Fiji”, destacou Payne.

O vulcão submarino "Hunga Tonga-Hunga" estava em atividade já há algumas semanas, mas a erupção de sábado foi enorme e sentida por toda a região.

Até em Portugal, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) detetou as oscilações marítimas provocadas pela erupção, registada em vídeo via satélite.

"Os sinais atmosféricos da explosão foram registados pouco depois das 00h do dia 16 de janeiro de 2022, tendo nas horas seguintes sido observadas alterações no nível do mar. O sinal de maior amplitude, cerca de 40cm, foi registado em Ponta Delgada, Açores, tendo o fenómeno sido observado na ilha da Madeira (20cm medidos no Funchal) e no Continente, aqui genericamente os valores foram inferiores a 20cm com exceção de Peniche, onde foram medidos 39cm", lê-se na nota publicada pelo IPMA.

O tsunami gerado teve um impacto devastador em Tonga, ainda por avaliar na real amplitude, mas também provocou estragos no Japão e na Nova Zelândia, onde as marinas junto à costa marítima foram atingidas e alguns barcos afundaram.

As ondas geradas inundaram também partes da costa este dos Estados Unidos. Um parque de estacionamento em Santa Cruz, na Califórnia, foi alagado por momentos, depois a água recuou de novo para o mar antes de o inundar uma segunda vez quase de imediato, em consequência do pequeno tsunami gerado em Tonga.

No Peru, na costa ocidental da América Sul, a cerca de 10 mil quilómetros do vulcão, houve pelo menos duas mortes relacionadas a "ondas anormais" e mais de vinte pessoas tiveram de ser socorridas ao longo a costa.

As autoridades peruanas, ainda assim, descartaram o alerta de tsunami no litoral do país e não relacionam os óbitos à erupção do vulcão de Tonga.

Nas ilhas Fiji, entretanto, foi emitido um aviso para a passagem pelo arquipélago de uma depressão, que inclui fortes chuvas, inclusive com ameaça até terça-feira de inundações em algumas regiões.