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O inverno oferece clima perfeito para beber vinhos…brancos! | Insiders
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O inverno oferece clima perfeito para beber vinhos…brancos! | Insiders

Pratos reconfortantes e uma lareira, dois ícones da temporada, fazem a harmonização ideal com este estilo da bebida – algo impensável até muito pouco tempo atrás . Confira na íntegra na CNN Brasil.

Gastronomia

Pode parecer contraditório pensar em beber vinhos brancos durante os dias frios. Normalmente, eles são associados a bebidas refrescantes, servidas bem geladas à beira-mar ou na piscina, acompanhadas de ostras frescas e frutos do mar grelhados. Claro que também funcionam assim, mas existem versões que casam deliciosamente quando a temperatura cai – se o dia estiver ensolarado, melhor ainda!

Antes de pensar na cor do vinho – tinto, branco ou rosé –, leva-se em conta a estrutura. Para se ter uma ideia, a taça perfeita para acompanhar uma fondue de queijo é a de um branco estruturado. Traduzindo: uma bebida mais encorpada, com teor alcoólico maior e boa complexidade aromática, que além das frutas e do floral, é possível encontrar aromas provenientes da maturação e da evolução, como brioche, nozes, manteiga, baunilha e mel.

A enóloga-chefe do grupo português Lusovini, Sónia Martins, batizou essa versão como Branco de Lareira, “para ser tomada na frente do fogo, devagar, enquanto se descobre os aromas”, definiu. É claro que ela se referia ao seu field blend (vinho com uvas misturadas no vinhedo), de quatro variedades na região do Dão, o Varanda da Serra 2014. Mas essa classificação cai perfeitamente para muitos outros.

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O potencial de guarda é outra característica marcante. Para isso, precisa-se ter acidez, mas que o tempo a suaviza e a integra aos outros elementos. “A produção desses vinhos é complexa e de custo elevado. Por isso, podemos esperar grandes surpresas ao desarrolhar uma garrafa dessa. Os brancos da Borgonha são o exemplo máximo, feitos a partir da rainha chardonnay, que podem evoluir por anos em garrafa”, diz Stéphane Kaloudoff, sommelier e CEO da Sociedade da Mesa. “Nos dias frios, para acompanhar uma raclete ou um risoto, costumo abrir um Baudouin Millet Chablis 2018, um excelente representante da região borgonhesa, elegante e delicado.”

Nessa categoria ainda se encaixam os rieslings alemães com amadurecimento em garrafa e os alvarinhos portugueses com passagem em barricas de carvalho. Em todos os casos, os vinhos devem ser servidos a cerca de 12 graus – mais frios que isso, podem ter os aromas inibidos –, nas mesmas taças de tintos, como os modelos bojudos. São deliciosos sem acompanhar as refeições, mas harmonizados podem ficar ainda melhores.

Veja onde fazer esse brinde:

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