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Opinião

Prós e contras na vitória de Biden

Se Biden vencer, a relação com Brasil será mais 'normalizada' e menos de 'compadres', diz ex-chefe do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

Se o democrata Joe Biden for eleito como novo presidente americano, haverá uma guinada na relação do Brasil e de outros países com os Estados Unidos. E as vias diplomáticas e institucionais voltarão a ter prioridade sobre as relações pessoais entre os presidentes - como, por exemplo, a relação de Jair Bolsonaro com Donald Trump.

O Brasil perde?

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Bolsonaro, terá que se apresentar com uma postura mais moderada e cautelosa num cenário internacional que sofrerá significativas mudanças.

Se Biden ganhar nos EUA, Bolsonaro perde acesso privilegiado à Casa Branca, isso é fato.

Uma coisa é certa, haverá grupos dentro do partido democrata que vão colocar pressão sobre na relação com o Brasil, principalmente nas questões referente a Amazônia.

Para o governo brasileiro, a vitória do candidato democrata vai exigir "ajustes" na presença chinesa para a licitação do 5G, ao mesmo tempo em que vai atrasar alguns avanços. A candidatura brasileira à OCDE também poderá subir no telhado.

Detalhe, qualquer noção de extremismo vai ser mitigada.

Com a ascensão do progressista ao posto presidencial, os Estados Unidos trocariam o antiglobalismo e o conservadorismo mais cru por ideias mais progressistas (mesmo que Biden seja um político de centro, distante da ala mais à esquerda do Partido Democrata) e políticas voltadas para a aproximação da potência mundial dos demais países – movimento contrário ao adotado pelo governo Trump, principalmente, nas relações do país com a China.

Vale observar que Joe Biden não está à esquerda do Partido Democrata, é, sim, um candidato de centro-direita. Mas e sua vice?

Na gestão de Biden, haverá um enfoque maior nos “americanos não documentados”, ou seja, os imigrantes em situação irregular no território americano que sofreram muito durante a administração de Trump.