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Saúde
Dr Zeballos excelentes esclarecimentos
Médico clínico geral, imunologista e alergista, formado pela Escola Paulista de Medicina (EPM) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 1986. Sócio-fundador emérito da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, dr. Zeballos é mestre e doutor em Imunologia pela Unifesp e Scripps Clinic and Reasearch Foundation (La Jolla – CA, EUA), respectivamente. Publicou vários trabalhos em revistas especializadas internacionais e ministrou palestras para médicos e estudantes de medicina nos Estados Unidos e no México, além de participar diretamente do treinamento dos residentes do Green Hospital (La Jolla – CA, EUA). Dedica-se aos seus pacientes no consultório e nos hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein e Leforte.
Assista:
Entrevista fantástica! Parabéns ao Dr. Zeballos pela lucidez e competência!
ROBERTO ZEBALLOS: É a primeira vez que lidamos com um VÍRUS global com alta capacidade de disseminação que só perde para o Sarampo neste critério. Fizeram previsões catastróficas para o Brasil, com cálculos matemáticos que previam um milhão de fatalidades em Agosto. Este número no final de Outubro 157 mil mortes. Muito triste e irreparável o dano aos parentes destas vítimas. Mas graças a Deus erraram longe. Quando comparamos o número de fatalidades por milhão de habitantes, o Brasil e USA estão longe dos Países com maior número de fatalidades. Outro fato importante mencionar, é que dentre estas 157 mil fatalidades no Brasil, um fração substancial morreu COM COVID 19 e não DE COVID 19. Isto fica fácil de entender quando constatamos que todas as outras comorbidades diminuíram drasticamente este ano. As pneumonias outras, infartos, câncer, etc, simplesmente desapareceram.
Outro fator decisivo no agravamento das consequências negativas desta pandemia, foi o PÂNICO gerado na humanidade pela interpretação inadequada dos fatos. Não podemos esquecer que 85% dos casos evoluem bem sem tratamento, 10 % com tratamento leve e apenas 5% com condição crítica. Principal problema deste vírus no começo da pandemia era o alto risco de muitos casos simultâneos com a sobrecarga do sistema de saúde gerando carência de hospitais para outras comorbidades importantes. Daí o isolamento inicial, com a única finalidade de preparação da estrutura de saude com minimização de colapso. Foi apenas para minimiza a exposição em um primeiro momento e nunca para impedir a exposição, pois, caso contrário a epidemia não acabaria nunca. Quando introduzi o corticóide no mundo ocidental muito próximo ao protocolo de MADRID e ao de Bergamo, o jogo contra esta doença mudou, as intubaçõess e as fatalidades reduziram drasticamente. Hoje a maior causa de fatalidade é o tratamento tardio.