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Saúde

Dr Zeballos excelentes esclarecimentos

Médico clínico geral, imunologista e alergista, formado pela Escola Paulista de Medicina (EPM) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 1986. Sócio-fundador emérito da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, dr. Zeballos é mestre e doutor em Imunologia pela Unifesp e Scripps Clinic and Reasearch Foundation (La Jolla – CA, EUA), respectivamente. Publicou vários trabalhos em revistas especializadas internacionais e ministrou palestras para médicos e estudantes de medicina nos Estados Unidos e no México, além de participar diretamente do treinamento dos residentes do Green Hospital (La Jolla – CA, EUA). Dedica-se aos seus pacientes no consultório e nos hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein e Leforte.

Assista:

https://www.youtube.com/watch?v=oXzRoIsgDI8

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Entrevista fantástica! Parabéns ao Dr. Zeballos pela lucidez e competência!

ROBERTO ZEBALLOS: É a primeira vez que lidamos com um VÍRUS global com alta capacidade de disseminação que só perde para o Sarampo neste critério. Fizeram previsões catas­tróficas para o Brasil, com cálculos matemáticos que previam um milhão de fatalidades em Agosto. Este número no final de Outubro 157 mil mortes. Muito triste e irreparável o dano aos parentes destas vítimas. Mas graças a Deus erraram longe. Quando comparamos o número de fatalidades por milhão de habitantes, o Brasil e USA estão longe dos Países com maior número de fatalidades. Outro fato importante mencionar, é que dentre estas 157 mil fatalidades no Brasil, um fração substancial morreu COM COVID 19 e não DE COVID 19. Isto fica fácil de entender quando constatamos que todas as outras co­morbidades diminuíram drasticamen­te este ano. As pneumonias outras, infartos, câncer, etc, simplesmente desapareceram.

Outro fator decisivo no agrava­mento das consequências negativas desta pandemia, foi o PÂNICO gerado na humanidade pela interpretação inadequada dos fatos. Não podemos esquecer que 85% dos casos evoluem bem sem tratamento, 10 % com trata­mento leve e apenas 5% com condição crítica. Principal problema deste vírus no começo da pandemia era o alto risco de muitos casos simultâneos com a sobrecarga do sistema de saúde gerando carência de hospitais para outras comorbidades importantes. Daí o isolamento inicial, com a única finalidade de preparação da estrutura de saude com minimização de colap­so. Foi apenas para minimiza a exposição em um primeiro momento e nunca para impedir a exposição, pois, caso contrário a epidemia não acabaria nunca. Quando introduzi o corticóide no mundo ocidental muito próximo ao protocolo de MADRID e ao de Bergamo, o jogo contra esta doença mudou, as intubaçõess e as fa­talidades reduziram drasticamente. Hoje a maior causa de fatalidade é o tratamen­to tardio.