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Internacional

Estado Islâmico anuncia morte de líder e nomeia sucessor

O grupo Estado Islâmico (EI) anunciou nesta quinta-feira, 3, a morte de seu líder, Abu al Hussein al Husseini al Qurashi, em um confronto com outra organização jihadista, e divulgou o nome de seu sucessor.

Al Qurashi "morreu após um confronto" na Síria com a formação Hayat Tahrir al-Sham (HTS, ex-braço local da rede Al-Qaeda), que tentava capturá-lo na província de Idlib, disse o porta-voz do EI no Telegram, sem especificar o local exato ou a data dos fatos.

O porta-voz indicou que o EI nomeou um novo líder, Abu Hafsan al Hashimi al Qurashi, o quinto chefe da organização ultrarradical em menos de uma década.

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Segundo anúncio de morte

Em abril, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, garantiu que o serviço secreto turco MIT havia abatido o líder do Daesh (acrônimo em árabe do EI).

"O suposto chefe do Daesh, cujo codinome era Abu Hussein al Qurashi, foi neutralizado em uma operação realizada pelo MIT na Síria", declarou Erdogan.

De acordo com a agência estatal de notícias Anadolu, Al Qurashi estava confinado em um "bunker subterrâneo" e, ao se ver cercado, detonou um cinto de explosivos.

Imagens divulgadas por vários meios de comunicação turcos mostraram, na época, uma casa de dois andares cercada por campos, com as paredes parcialmente destruídas na região síria de Afrin, onde operam rebeldes apoiados por Ancara.

No entanto, o porta-voz do EI insistiu nesta quinta-feira que Al Qurashi foi morto por homens do HTS, que controla áreas de Idlib, e que eles teriam entregado seu corpo à Turquia.

O EI acusa o HTS - que não reivindicou até o momento nenhuma operação recente em Idlib - de obedecer aos interesses do governo turco.

Auge e queda do 'califado'''

Após um auge em 2014, o autoproclamado "califado" do EI na Síria e no Iraque foi derrotado por sucessivas ofensivas lançadas com o apoio de uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

A organização ultrarradical sunita (uma ramificação do Islã) impôs um regime de terror nas áreas sob seu controle, com decapitações e execuções públicas.

No final de 2017, o Iraque proclamou sua vitória militar contra os jihadistas, que perderam seu reduto na Síria em 2019, embora as células do EI ainda ataquem esporadicamente forças de segurança e civis em ambos os países.

Em novembro de 2022, o EI havia anunciado a morte de seu chefe anterior, Abu Hassan al Hashimi al Qurashi, sem especificar as circunstâncias.

Seu antecessor, Abu Ibrahim al Qurashi, foi morto em fevereiro em um bombardeio dos Estados Unidos na província de Idlib.

Ele havia sucedido Abu Bakr al Baghdadi em outubro de 2019, também morto em uma operação em Idlib.