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Ronaldinho nega ter tentado deixar o país para não depor na CPI das Pirâmides Financeiras
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Ronaldinho nega ter tentado deixar o país para não depor na CPI das Pirâmides Financeiras

Ex-jogador afirmou que teve imagem usada indevidamente por empresa, investigada pelo MPF, com o nome dele

Esportes

Após ter ignorado duas vezes a convocação da CPI das Pirâmides Financeiras na Câmara dos Deputados, o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho negou ter tentado deixar o país para não comparecer à comissão, à qual depõe nesta quinta-feira (31). "Nunca recebi intimação desta CPI", disse o ex-atleta. O presidente da comissão, Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), chegou a dizer que Ronaldinho poderia ser alvo de condução coercitiva caso não comparecesse ao colegiado novamente.

Em sua fala inicial, o ex-jogador de futebol afirmou que teve a imagem usada indevidamente pela empresa 18k Ronaldinho, investigada pelo Ministério Público Federal por operar um suposto esquema fraudulento de pirâmide financeira com criptomoedas.

"Diferente do que está sendo divulgado por esta CPI, não é verdade que sou fundador e sócio-proprietário da empresa 18k Ronaldinho", disse. "Eles utilizaram indevidamente o meu nome para criar a razão social dessa empresa. Inclusive, eu já fui ouvido pelo Ministério Público de São Paulo e pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na condição de testemunha. Eu jamais autorizei a utilização do nome e imagem por tal empresa."

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Ronaldinho conseguiu autorização do Supremo Tribunal Federal para ficar em silêncio durante a oitiva. Na semana passada, o irmão dele, Roberto de Assis Moreira, prestou depoimento ao colegiado e afirmou que o ex-jogador não tinha comparecido à CPI por causa de problemas com o voo de Porto Alegre (RS) a Brasília (DF).

Em outubro de 2019, o MPF revelou que a empresa em questão, a 18k Ronaldinho, operava uma pirâmide financeira — esquema ilegal em que pessoas são atraídas a investir na expectativa de obter altos rendimentos — que prometia lucros de até 400% ao mês por meio de investimento em criptomoedas.

O ex-atleta também foi acusado de envolvimento com outra empresa que teria negócios ilegais, com endereço comercial nas ilhas Seychelles, da qual ele era garoto-propaganda.

Em 2009, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alertou para o fato de que a companhia atuava de maneira irregular no mercado de Forex (negociações com moedas estrangeiras), com a captação ilícita de clientes para operações financeiras. A empresa não estava autorizada a atrair clientes no país e teve os serviços suspensos pela CVM meses depois.