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Opinião

"Pois de amor andamos todos precisados" Carlos Drummond de Andrade

Os poemas, contos e crônicas de Carlos Drummond de Andrade merecem ser lidos e relidos uma infinidade de vezes, principalmente no momento atual. Momento este de muitos questionamentos, incertezas, reflexões, de reavaliar conceitos, relações e valores, de olhar pra si e para o próximo, momento que precisamos nos unir para combater o mesmo inimigo, que é invisível, o novo coronavírus. As reflexões e os poemas de Drummond são centrados em temas e questões que se mantêm muito atuais nos dias de hoje como: a rotina das grandes cidades, a solidão, a memória, a vida em sociedade, as relações humanas. Entre suas composições mais famosas, também se destacam aquelas que expressam reflexões existenciais profundas, onde a pessoa expõe e questiona seu modo de viver, seu passado e seu propósito na vida. O legado literário imensurável do escritor são muito pertinentes em tempos tão difíceis de pandemia e nos levam a boas e importantes reflexões.

Abaixo uma linda reflexão desse grande mestre da literatura.

“Pois de amor andamos todos precisados! Em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para a frente! Amor que seja navio, casa, coisa cintilante, que nos vacine contra o feio, o errado, o triste, o mau, o absurdo e o mais que estamos vivendo ou presenciando.”

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Sobre Drummond:

Nascido em 31 de outubro de 1902 em Itabira do Mato Dentro, no interior de Minas Gerais, Carlos Drummond de Andrade foi poeta, contista e cronista brasileiro do período do modernismo. Considerado um dos maiores escritores do Brasil e o maior poeta nacional do século XX, Drummond fez parte da segunda geração modernista. Foi precursor da chamada "poesia de 30" com a publicação da obra "Alguma Poesia". Eternizado através da sua poesia, o poeta foi casado com Dolores Dutra de Morais, com quem teve dois filhos, Carlos Flávio (em 1926, que viveu apenas meia hora) e Maria Julieta Drummond de Andrade, nascida em 1928.. Drummond morreu em dia 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro, aos 85 anos. Ele faleceu poucos dias após a morte de sua filha, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade, sua grande companheira.

Um de seus poemas mais conhecidos é “No meio do caminho”:

“No meio do caminho tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho

Tinha uma pedra

No meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento

Na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

Tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra.”