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Negócios

Comunicação divergente impacta na produtividade das equipes

Nos últimos anos, cada vez mais as pessoas têm buscado polarizações não só políticas, mas, também, em todas as esferas de opiniões da vida em sociedade. Seja sobre questões ambientais, sociais ou comportamentais, o fato é que o ambiente corporativo não ficou imune a este novo fenômeno. “Estas polarizações criam guetos ou feudos dentro das empresas e acabam impactando, também, na produtividade das equipes, pois as pessoas, individualmente, não toleram opiniões contrárias e evitam contribuir com os resultados de quem consideram oponentes”, afirma Jorge Penillo, professor universitário e mentor de Carreira e Liderança conhecido como Doutor Carreira. Jorge tem formação em universidades do Brasil e dos Estados Unidos, é graduado em Administração de Empresas com pós-graduação em Marketing e Negócios e possui MBA em Estratégia Empresarial com especialização em Neurociências. É também autor do livro “Iniciando uma carreira brilhante”.

O fato tem prejudicado empresas e profissionais quem deixam de trabalhar em equipe e passam a individualizar resultados, causando atrasos nos prazos, gargalos na produção e queda na qualidade final de entrega, o que resulta em desperdício financeiro. “Cada dia tem se tornado mais comum as pessoas ‘torcerem o nariz’, deixando de contribuir com boas ideias e sugestões ao descobrirem com quais pessoas estarão trabalhando em um mesmo projeto, por exemplo”, completa Jorge.

Segundo o especialista, resolver a questão é algo a se fazer com urgência, trazendo de volta o diálogo entre divergentes, pois são justamente estas pessoas que podem contribuir com a evolução mental do indivíduo no campo das ideias. As empresas precisam, sim, de pessoas que pensam de modos diferentes, afinal, quando todos pensam igual, ninguém está pensando – o desafio é fazer com que os diferentes trabalhem juntos nos dias de hoje.

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Jorge afirma que são justamente as diferenças que contribuem para a evolução da espécie humana, lembrando que os maiores oradores da história sempre discutiram de maneira civilizada com seus antagonistas, ou seja, seus contrários em pensamento, e foi esta divergência de opinião que contribuiu para a formação de ideias e da sociedade.

Pensando no desafio de aceitar as diferenças de opinião, Jorge lista dez dicas para melhor a comunicação divergente:

1º - Pratique a escuta ativa, ou seja, ouça o que o outro tem a dizer até o final do raciocínio, mesmo que você discorde, e nunca o interrompa.

2º - Procure entender os motivos que levam a outra pessoa a pensar de forma diferente de você; ouça suas histórias e experiências com empatia.

3º - Antes de contrapor a ideia de alguém, abra a resposta deixando claro que você respeita a opinião da outra pessoa, mas pensa diferente e gostaria de colocar seus motivos e seu ponto de vista.

4º - Evite discursos inflamados com palavras provocativas ou envolvendo troca de acusações.

5º - Logo no início da conversa, procure pontos em comum com a outra pessoa para que você comece pela concordância, e não pela divergência.

6º - Regule seu tom de voz, a velocidade da sua fala e seus gestos corporais.

7º - Em situações críticas onde faltar bom senso, veja se é possível ter um mediador do diálogo que saiba dar voz aos dois lados e que não procure convencer nenhuma das partes.

8º - Ao final do diálogo, agradeça a outra parte por permitir que você colocasse suas ideias.

9º - Troque acenos de cabeça ou apertos de mão ao final do diálogo com seu pensador divergente.

10º - Envie uma mensagem de agradecimento alguns dias depois ao seu pensador divergente, agradecendo pela oportunidade de ouvir e se fazer ouvir.

“Lembre-se: ao argumentar com alguém que tem perfil de discórdia, não tente convencê-lo com emoções. Nestes casos, apresente números e estatísticas. Se for uma pessoa autoritária, deixe-a falar e busque nas palavras dela algo para compor seus argumentos. Aos teimosos, ouça e diga que não quer convencê-los, mas sim contribuir com mais um ponto de vista. Para o bem do ambiente de trabalho e para sua felicidade, construa mais pontes e menos muros”, finaliza Jorge.

Sobre o Doutor Carreira

Jorge Penillo, conhecido como Doutor Carreira, é professor universitário, coach e mentor de liderança e carreira. Professor universitário e palestrante, tem formação em universidades do Brasil e Estados Unidos. É graduado em Administração de Empresas com pós-graduação em Marketing e Negócios e possui MBA em Estratégia Empresarial com especialização em Neurociências. Começou sua carreira profissional aos 14 anos de idade, em 1986, aos 14 anos na Eletropaulo como menor aprendiz, e permaneceu na empresa por 30 anos, passando por várias áreas técnicas e administrativas até 2016. É autor do livro Iniciando uma carreira brilhante, que tem o objetivo de orientar os jovens sobre como entrar no mercado de trabalho.