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Negócios

Comunicação Interna ou Employer Branding?

A Comunicação sempre foi uma ferramenta fundamental para as empresas, independentemente de seu porte ou área de atuação. Em tempos de trabalho híbidro ou totalmente a distância como o que estamos vivendo, ela se tornou uma peça-chave na obtenção de resultados e no relacionamento com o público externo e interno. E quanto mais importância a Comunicação ganha, mais se levanta a discussão entre a diferença que existe na hora de transmitir informações para o público formado entre colaboradores, clientes, fornecedores, parceiros e, também, futuros talentos. Para Caio Infante, vice-presidente regional (LATAM) da Radancy e um dos co-fundadores da Employer Branding Brasil, é possível trabalhar de maneira unificada as diferentes estratégias que existem neste universo para obter uma imagem unificada da marca, interna e externamente. “Embora a Comunicação Interna e o Employer Branding se conectem, eles são dois conceitos diferentes que e potencializam a experiência do colaborador dentro da empresa. Faz parte da experiência do colaborador entender e se identificar com os atributos de marca da empresa e que são, depois, vivenciados na prática, ajudando a promover externamente a companhia”, completa Caio.

Ainda segundo o especialista, enquanto o Employer Branding atrai e gera desejo, a Comunicação Interna estreita este relacionamento criando afinidades e alinhando propósitos. Os dois conceitos focam nas pessoas e em suas experiências e se complementam ao promoverem resultados de imagem, reputação e relacionamento. “Os profissionais de uma empresa não podem ser vistos apenas como executores. As empresas que obtém os melhores resultados são as que agem para que ocorra simbiose entre os colaboradores e sua marca afinando objetivos, alinhando propósitos e colocando os profissionais como protagonistas condutores da imagem e da reputação da marca para clientes e parceiros”, explica Caio.

Para entender a diferença entre os dois conceitos, o especialista começa com a definição de Employer Branding. O termo, que pode ser traduzido para “marca empregadora”, implica na construção da imagem de uma marca e a reputação daquela empresa como um lugar bom para se trabalhar. A estratégia é fundamental para atrair e reter talentos. São exemplos de ações de Employer Branding a definição de plano de carreira para os colaboradores, a promoção de qualidade de vida no trabalho e o fornecimento de qualificação e desenvolvimento profissional por meio de treinamentos. “As ações de EB são aquelas que fazem com que os colaboradores se sintam valorizados como pessoas e como profissionais de forma que isso tenha impacto direto na produtividade, na forma de trabalha e na entrega de resultados destes colaboradores”, explica Caio. Já a Comunicação Interna é a estratégia usada para se comunicar com este público interno, estimulando e engajando todos para que se sintam pertencentes e afinados com os valores e os propósitos da empresa.

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Os erros que podem ser cometidos

E já que as duas ferramentas estão relacionadas aos bons resultados das empresas, é preciso ressaltar que alguns erros facilmente cometidos ainda podem comprometer a equação. Segundo Caio, as falhas de Comunicação Interna, por exemplo, gerar graves problemas financeiros para as companhias. Por outro lado, quando existe uma boa comunicação com os colaboradores, o crescimento pode ser alcançado, já que ela preserva e impulsiona a cultura da empresa, além de melhorar o clima organizacional e a integração entre os departamentos, motivar as pessoas e aumentar a produtividade do time. Segundo Caio, a chave para uma boa Comunicação é conhecer o cliente interno, ouvir os colaboradores e utilizar as ferramentas corretas. “Para isso, podemos listar uma série de ações como incentivar a comunicação clara e acessível entre todos, ser transparente, desburocratize o contato entre setores, utilizar diferentes canais de comunicação e criar ações e eventos de relacionamento”.

Quanto aos erros cometidos nas ações de EB, por mais que o tema venha ganhando cada vez mais força no Brasil, é preciso ressaltar os mais comuns ainda, como não enxergar os candidatos como clientes, confundir Employer Branding com Marketing ou seguir o conceito sem colocá-lo em prática. Quando feitas da maneira correta, as ações estimulam os defensores da empresa e causam impacto positivo nos índices de produtividade, satisfação, motivação e turnover, entre outros. “Para implementar o EB de maneira bem-sucedida algumas ações são bem-vindas, como aperfeiçoar a Comunicação Interna, oferecer feedbacks, colocar os funcionários em primeiro lugar, oferecer um bom ambiente de trabalho e explorar o potencial da tecnologia em favor da estratégia”, finaliza Caio.

Sobre Caio Infante

Caio Infante é formado em Publicidade e Propaganda pela ESPM e possui MBA em Gestão Internacional pela University of Technology, em Sidney, na Austrália. Com carreira profissional desenvolvida na área de Negócios em agências de propaganda do País e do exterior, atuou, também, no site Trabalhando.com como diretor Comercial e de Marketing, chegando a Country Manager da operação. Desde o início de 2017, Caio está na Radancy, onde seu conhecimento sobre marca empregadora cresceu exponencialmente. Hoje, ocupa o cargo de vice-presidente regional da agência, mantendo contato com alguns dos maiores nomes mundiais do tema.

Caio Infante também é um dos co-fundadores da Employer Branding Brasil, a maior comunidade sobre marcas empregadoras, com mais de 40 mil seguidores nas redes sociais.