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Negócios

Copa do Mundo divide opinião de empresas e colaboradores

A Copa do Mundo chegou e mesmo quem não gosta de futebol não consegue se manter alheio às discussões sobre o assunto nas redes sociais e nas rodas de amigos, familiares e até colegas de trabalho. Sendo ou não amante do evento esportivo, é preciso reconhecer a importância de algo que vai teve um investimento de mais de US$ 200 bilhões por parte do Qatar, primeiro país do Oriente Médio a ser sede dos jogos. Com quase 3 milhões de ingressos vendidos, a edição de 2022 também vai pagar o maior prêmio da história à seleção campeã mundial: são US$ 42 milhões para o primeiro lugar, US$ 30 milhões para o vice-campeão e US$ 27 milhões para o terceiro lugar, entre outros valores para os menos classificados.

E a discussão começa com a diferença de pensamento entre empresas e colaboradores quando o assunto é a dispensa para assistir aos jogos dos quais a seleção brasileira participa. Segundo a especialista em Comunicação Lilian Vieira, mesmo em meio ao que parece, muitas vezes, um impasse, é possível frutificar em um relacionamento amistoso entre as partes. O segredo para ter sucesso neste caso é fazer uso de uma comunicação assertiva na hora de tratar o tema. “Em primeiro lugar, é preciso saber que não existe nada na nossa legislação trabalhista que obrigue as empresas a dispensarem os colaboradores nos dias de jogos do Brasil da Copa do Mundo, com exceção de alguns casos de servidores públicos, negociados com compensação de horas. A dispensa ou não é um acordo mútuo entre líderes e liderados de como vai funcionar melhor em cada caso”, afirma. Lilian é advogada e cineasta por formação, apresentadora de TV e Radialista. Pós-graduada em Produção Audiovisual, acumula mais de dez anos na área e é sócia da Produtora MovOn.

Mesmo quem não pretende assistir à competição acaba gostando da ideia de ter a dispensa para aproveitar as horas de descanso. Com a onda do trabalho remoto iniciada na pandemia, o acordo fica ainda mais flexível para ambos os lados. “A tônica da dispensa ou não dos funcionários deve ser a conversa. Cada líder deve entender o que funciona melhor para sua equipe e como isso pode ser positivo, inclusive, para uma melhor produtividade de todos. Nada impede, por exemplo, que a empresa monte um banco de horas para isso. Nada que uma boa conversa não consiga alinhar as expectativas e desejos para chegar num acordo mútuo”, explica.

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O Brasil é um País que tem muitos feriados no calendário anual e a própria cultura do povo brasileiro é festiva, então, é preciso levar isso em conta na hora dessa decisão. Como especialista em Comunicação, Lilian levanta alguns pontos que considera importante, senão fundamentais, para o acordo nos dias de jogos dentro do ambiente de trabalho:

Abuse da clareza

É preciso ser claro na hora de transmitir a decisão aos colaboradores. Se não vai haver dispensa, é preciso justificar, e se houver dispensa, é preciso explicar como isso será compensado ou descontado dos funcionários, se for o caso. Se o caso for deixar que o funcionário opte por assistir ao jogo em casa ou na empresa, invista na segunda opção para aumentar a aproximação entre a equipe.

Pense no futuro

Antes de decidir, leve em conta o quanto isso vai impactar na felicidade do colaborador dentro da sua experiência na empresa – a sensação de infelicidade pode durar mais que a Copa para o colaborador, o que pode acabar comprometendo sua entrega de resultados. Por parte do colaborador, também é preciso ceder e nada de ficar na sua estação de trabalho caso a decisão seja assistir ao jogo de forma coletiva na companhia.

Aproveite para estreitar vínculos

Algumas ações podem ser feitas para melhorar o vínculo entre as pessoas na empresa – a ideia é criar experiências para estimular a participação coletiva dos funcionários durante a época do evento. A Copa do Mundo é considerada um evento de extrema importância familiar e social, por isso é preciso valorizar a troca entre as pessoas para incentivar a criatividade, a cultura e a colaboração de todos.

Entre no clima da Copa

Aqui vale dar brindes temáticos aos colaboradores (e clientes) e até decorar a empresa de verde e amarelo – tudo isso ajuda a aproximar as pessoas da empresa e dos outros colaboradores, ainda mais com a distância criado fortemente pelo trabalho remoto ou híbrido.

Sobre Lilian Vieira

Lilian Vieira é advogada e, depois de um certo tempo atuando na área, trabalhou com Vendas até conhecer o universo da Produção Audiovisual, pelo qual se apaixonou.

Lilian se especializou na área com o curso de Cinema, possui DRT de Apresentadora de TV e Radialista. Pós-graduada em Produção Audiovisual, hoje acumula mais de dez anos na área e já escreveu, produziu e dirigiu um média-metragem traduzido em quatro idiomas, além do Português.

É sócia da Produtora MovOn, onde é responsável pelos roteiros e pela direção de filmes e vídeos.

Com sua experiência profissional, desenvolveu diversas técnicas para dominar o poder da comunicação, da expressão e da oratória e hoje ensina dezenas de pessoas para que elas vençam o medo, a vergonha e a timidez de falar em público.