BACK
Esta postagem menciona a COVID-19.

Esta postagem pode conter referências à COVID-19

Para obter acesso a informações oficiais sobre o coronavírus acesse o site do Ministério da Saúde.

Viagem

ÔMICRON: BRASILEIROS PODEM VOLTAR A SOFRER RESTRIÇÕES PARA VIAGENS AOS EUA

Desde o último dia 08 de novembro, os brasileiros que desejam viajar para os Estados Unidos puderam comemorar o fim das restrições impostas pelo Governo Americano, que mantiveram fechadas por 20 meses as fronteiras entre os dois países devido à pandemia da Covid-19. Além disso, a Embaixada e os Consulados americanos no Brasil retomaram plenamente suas atividades, incluindo entrevistas de vistos, que estavam ocorrendo apenas para determinados tipos de viajantes e em situações de emergência.

As boas notícias, entretanto, podem estar ameaçadas pelo avanço da Ômicron, variante da Covid-19 anunciada pela OMS na semana passada e que já causa temor em diversos governos, incluindo na administração de Joe Biden. “Existe hoje um consenso entre as autoridades americanas de que, ao contrário do que aconteceu no início de 2020, é preciso agir rapidamente e sem hesitação, o que pode levar a decisões imediatas como um novo lockdown e o fechamento de fronteiras para diversos países. Nesta segunda-feira (29/11), oito países da África identificados como focos da Ômicron já estão sofrendo restrições do Governo Americano, e esta lista, seguramente, irá aumentar bastante. Os brasileiros que já compraram passagens aéreas ou reservaram hotéis nos EUA nos próximos meses devem estar bem atentos aos portais de informações nos próximos dias”, afirma Mark Morais, advogado de imigração que já atuou como Policial de Imigração e Alfândega no Aeroporto Internacional de Miami.

Mas não são somente os visitantes estrangeiros que estão preocupados com um possível retorno das restrições de viagens. A própria indústria do turismo e a rede hoteleira dos Estados Unidos, que representa cerca de 3% do PIB americano (700 bilhões de dólares), teme pelo pior. Em 2020, houve uma queda de 41% em relação ao número de pessoas que visitaram o País em 2019. Já em 2021, os indicadores voltaram a subir no segundo semestre, especialmente após o avanço da vacinação em massa, mas ainda com estatísticas abaixo da média de visitantes anuais no período pré-pandemia, que girava em torno de 77 milhões de pessoas. “Tanto Biden como Trump tiveram que lidar com o lobby feito pela indústria americana do turismo para que as fronteiras fossem reabertas com diversos países que vinham passando por restrições, inclusive com o Brasil, o que só aconteceu recentemente. Uma possível retomada de fronteiras fechadas neste momento seria catastrófica para a indústria e poderia provocar uma nova onda de desemprego e recessão nos EUA. Os brasileiros, por exemplo, estão entre os povos que mais visitam os parques temáticos da Flórida. Certamente, o dinheiro que o turista brasileiro deixa na América é fundamental para movimentar a economia americana”, observa novamente Mark Morais, que também é proprietário do escritório de imigração Mark Morais Law Firm, que atende centenas de brasileiros em seus processos de green card.

Click to continue reading

O presidente Joe Biden esteve reunido com representantes do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) neste fim de semana e, embora ainda não se conheçam totalmente os riscos e a gravidade da Ômicron, os EUA já se movimentam para minimizar os riscos do vírus e ampliar sua capacidade hospitalar. Enquanto nenhuma nova medida de fronteira é tomada, visitantes brasileiros que desejam embarcar para os EUA continuam precisando apresentar um passaporte contendo visto americano válido, resultado negativo de Covid-19 feito em até 3 dias antes da viagem e comprovante de vacinação completa.

Sobre Mark Morais

Mark Morais é advogado de Imigração e proprietário da Mark Morais Law Firm, escritório americano responsável por processos jurídicos de vistos e green card para os Estados Unidos.

Mark é o único advogado brasileiro-americano que já trabalhou nas 3 principais agências federais de imigração dos EUA (USCIS, CBP e ICE), desempenhando as funções de Promotor de Imigração, Oficial de Asilo Político e de Policial Federal de Imigração e Alfândega.

Formado em Direito e Administração de Empresas no Brasil, Mark é Doutor em Jurisprudência nos Estados Unidos. É licenciado para praticar Direito no Estado da Flórida e na Capital Federal (District of Columbia).