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Conhecimento

A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

As 'Mudanças Climáticas' Não São a Sua Oportunidade de Salvar o Mundo

E você ainda pode estar ajudando a condená-lo… Desmascarando o alarmismo climático com ciência e dados

LIVRE ARBÍTRIO

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JUN 13

Comparação dos mapa meteorológicos da mídia britânica (à esquerda — 2003 vs 2022) e alemã (à direita — 2017 vs 2022). O que era apresentado como ensolarado no passado tornou-se um “vermelho apocalíptico” agora

Incerteza, teu nome é ciência climática. Sabemos muito pouco sobre como a atividade econômica se traduz em emissões de gases de efeito estufa (GEE); como as emissões de GEE afetam as concentrações de CO₂ na atmosfera; como as concentrações de CO₂ afetam a temperatura global e, finalmente, como as mudanças na temperatura global modificam o clima.

Em minhas conversas com os chamados ‘especialistas’ climáticos (acadêmicos, cientistas, engenheiros e investidores), todos eles sempre são taxativos quanto a termos que atingir a tal meta do Acordo de Paris e limitar os aumentos de temperatura em 1,5°C (eles sabiam o número de cor, quase como um produto de condicionamento pavloviano). Mas nenhum deles sabia dizer qual é a temperatura média a qual se refere o limite de 1,5°C. Nenhum. Você sabe?

No entanto, somos pressionados por esses mesmos ‘especialistas’ a hipotecar nossos futuros para ‘salvar o mundo’. Mas será que temos informações o suficiente para tomar tal decisão? Melhor ainda, será que os especialistas que nos empurram em direção à ‘austeridade verde’ possuem conhecimento o suficiente para fazer previsões tão ousadas?

Quando você começa a questionar as respostas dos ‘especialistas’ (eles nunca estão prontos para isso, por estarem acostumados com uma reverente complacência silenciosa), uma coisa fica clara: o esqueleto no armário das ciências climáticas é que seus dados e métodos são tão incertos que são praticamente inúteis para a formulação de políticas públicas.

O esqueleto no armário das ciências climáticas é que seus dados e métodos são tão incertos que são praticamente inúteis para a formulação de políticas públicas

A maioria das pessoas em sã consciência reconhece que o clima sempre mudou (e sempre mudará) e a espécie humana vem se adaptando com sucesso há mais de um milhão de anos. A maioria das pessoas sãs também concordaria que faz sentido planejar para a possibilidade de um ‘evento climático apocalíptico’ uma vez que tais eventos já ocorreram no passado; e, se a atividade humana de fato afetar o clima do planeta, não devemos esperar até que seja tarde demais antes de agir.

Essa estratégia de minimização de riscos é o que é mal interpretado como uma oportunidade de salvar o mundo e preencher o vazio existencial de uma geração que perdeu todo o propósito. Nossos ‘especialistas’, claro, têm um propósito muito claro: continuar ganhando dinheiro e preservando seu status. Eles ganham bons salários e bolsas de pesquisa; eles ocupam cargos de prestígio e viajam pelo mundo para dar palestras sobre como eles são os ungidos que podem salvar o planeta. E isso graças à aceitação inconteste do apocalipse vindouro das ‘mudanças climáticas’. O risco moral aqui é enorme.

Essa estratégia de minimização de riscos é mal interpretada como uma oportunidade de salvar o mundo e preencher o vazio existencial de uma geração que perdeu todo o propósito

E o público está com muito medo de olhar sob o capô das mudanças climática; não porque eles podem descobrir que o apocalipse, de fato, está próximo, mas sim porque eles podem descobrir que o mundo não está condenado e seu novo propósito de vida é uma mentira. Juntando a fome com a vontade de comer…

A histeria ao redor das mudanças climáticas está rapidamente se tornando um fenônemo religioso. As analogias aqui são óbvias: os temas do pecado original, punição com fogo e dilúvio, o apocalipse iminente e a reação virulenta contra qualquer um que questione seus dogmas. Mas quando estamos prestes a tomar decisões que podem pôr em risco o nosso futuro, é hora de começarmos a fazer algumas perguntas… e obter algumas respostas.

O custo de adaptação às mudanças climáticas é muitas vezes menor do que o custo de evitá-las

Ao analisar políticas públicas, precisamos entender e medir o impacto de diferentes escolhas no bem-estar das gerações futuras. Quando se trata do clima, pouquíssima atenção é dada aos custos de duas opções: evitar ou adaptar. A razão? Os estudos analíticos tendem a apontar que os custos de se evitar as mudanças climáticas (o que, aliás, não é muito claro se conseguiríamos) são muito maiores do que os custos de adaptação a elas.

O economista vencedor do Prêmio Nobel William Nordhaus estima que 3°C de aquecimento reduziriam o PIB global em apenas 2,1% at 2100, em comparação com a projeção na ausência total de mudanças climáticas. Mesmo um aumento de 6°C na temperatura global, ele afirma, reduziria o PIB em apenas 8,5%.

O economista vencedor do Nobel William Nordhaus estima que 3°C de aquecimento reduziriam o PIB global em apenas 2,1% até 2100

Sustentando sua tese está a ideia de que o custo de uma ‘infraestrutura verde’ (por exemplo, um parque eólico) é muito maior do que o custo de uma ‘infraestrutura convencional’ (por exemplo, uma turbina a gás). Portanto, a compensação em termos de bem-estar não é apenas entre parques eólicos e turbinas a gás, mas também inclui a perda de bem-estar pelas estradas, escolas e hospitais que não serão construídos para que possamos financiar a infraestrutura verde. E isso é muito caro: se não fazemos uma Copa do Mundo com hospitais, também vale lembrar que não evitamos as Mudanças Climáticas construindo hospitais…

No nível macroeconômico, um resumo de 26 estudos elaborado pelo professor de economia das mudanças climática da Universidade de Sussex, Richard Tol, comparou as análises do impacto no nível do PIB de vários cenários em termos de aumentos das temperaturas globais.

O PIB global atualmente gira em torno de US$ 90 trilhões; considerando uma taxa de crescimento de 2% ao ano, o PIB global atingiria cerca de US$ 450 trilhões em 2100. Uma perda de até 7%, a estimativa mais alta no trabalho de Tol, ainda deixaria o nível do PIB em 2100 quatro vezes e meia maior do que hoje. A estimativa média para os cenários de 2,5°C é uma perda de apenas 1,3%.

Esses resultados são corroborados por um levantamento de modelos de equilíbrio geral feito pelas pesquisadoras Delavane Diaz (Princeton) e Frances Moore (UC Davis). Elas descobriram que mesmo com um aumento de temperatura de 4°C, o impacto estimado no nível do PIB global seria de apenas -4%.

Certamente, os resultados da literatura macroeconômica não inspiram a necessidade de medidas drásticas; é difícil acreditar que os ‘especialistas’ que defendem ações climáticas extremas tenham em mente o bem-estar econômico da população.

Não estou dizendo que não devemos fazer nada. Sabemos muito pouco sobre a formato das distribuições de probabilidade que sustentam as projeções. Também sabemos pouco sobre fatores exógenos, como melhorias tecnológicas e mudanças nos padrões demográficos. Essas incertezas são boas justificativas para ‘fazer alguma coisa’. Mas de forma alguma justificam fazer algo ‘a todo custo’.

Não estou dizendo que não devemos fazer nada, apenas que do ponto de vista do bem-estar da população, nada justifica a ação climática ‘a todo custo’

Da atividade econômica às emissões de GEE

A mecânica de como a atividade econômica se traduz em emissões de GEE também é uma área onde muito pouco é conhecido. O único setor onde temos medições confiáveis ​​em termos de emissões é o de energia, mais especificamente na geração de eletricidade; e isso porque podemos medir as emissões queimando diferentes combustíveis em um laboratório para análise empírica.

Mesmo assim, o escopo dos dados é muito limitado, pois não temos números confiáveis ​​para as emissões envolvidas na manufatura e cadeia de suprimentos; assim como para a transmissão, distribuição e armazenamento de eletricidade. Somente para geração.

Em todos os outros setores (imóveis residenciais, imóveis comerciais, indústria, agricultura…) os dados sobre emissões são produzidos de forma pouco científica; as estimativas são aproximações grosseiras, geralmente aplicando-se um ‘fator setorial’ arbitrário às receitas de uma determinada empresa. O fator em si é outra estimativa que, na maioria das vezes, não é respaldada por medições adequadas e nenhum ‘especialista’ sabe explicar como foi calculado.

Para a maioria dos setores, os dados sobre emissões são produzidos de forma pouco científica; as estimativas são aproximações grosseiras, geralmente aplicando-se um ‘fator setorial’ arbitrário às receitas de uma determinada empresa

É claro que toda essa incerteza se acumula quando agregada no nível macro. O famoso (ou infame) IPCC adota a decomposição Kaya para suas análises, que decompõe as emissões de GEE de acordo com quatro variáveis:

População (P);

PIB per capita (GDP/P);

A intensidade energética da economia (E/GDP); e

a intensidade de emissões da produção de energia (GHG/E).

População (P)

O crescimento médio anual da população global na última década foi de 1,1%. A ONU prevê um crescimento médio anual de 0,4% até 2100, com a população global passando de 7,8 bilhões em 2020 para 10,9 bilhões em 2100. Isso se traduz em um aumento de 40% nas emissões de GEE, tudo o mais constante.

Mas esses cenários são altamente sensíveis a possíveis mudanças na fertilidade e na longevidade. As projeções da ONU pressupõem um declínio na fecundidade de 2,47 atualmente para 1,94 em 2100 e um aumento na expectativa de vida ao nascer de 72,3 anos para 81,7 anos.

A ONU também projeta um cenário de alta fertilidade, onde a taxa de fertilidade cai para apenas 2,42 em 2100 (15,6 bilhões de população), significando um adicional de 43% nas emissões de GEE. No cenário de baixa fertilidade da ONU, onde a taxa de fertilidade cai para 1,47 em 2100, a população global cairia para 7,3 bilhões em 2100, aliviando significativamente a pressão sobre as emissões de GEE.

PIB per capita (GDP)

Na última década, o PIB global per capita aumentou 2,4% ao ano. A OCDE projeta que o PIB global per capita aumentará 2,2% ao ano de 2020 a 2060. O banco de investimentos J.P. Morgan extrapolou essa premissa de crescimento também para o período de 2060 a 2100 e calculou que um décimo a mais na taxa anual de crescimento, de 2,2% para 2,3%, acrescenta quase 10% ao nível do PIB após 80 anos.

Um décimo a mais na taxa anual de crescimento, de 2,2% para 2,3%, adiciona quase 10% ao nível do PIB após 80 anos

Intensidade energética do PIB e intensidade de carbono da energia (E/GDP e GHG/E)

Nos últimos 10 anos, a intensidade energética do PIB diminuiu 1,4% ao ano, principalmente devido à mudança para uma economia orientada para os serviços e ao aumento da eficiência energética. A intensidade de carbono da produção de energia também diminuiu em média 0,6% ao ano, refletindo uma maior participação das energias renováveis.

Análise

Então, para avaliar o impacto de seis diferentes cenários macroeconômicos nas emissões cumulativas ao longo do tempo, o J.P. Morgan aplicou a identidade Kaya do IPCC de 2011 a 2100:

Das emissões de GEE às concentrações de CO₂

O próximo passo é calcular o impacto das emissões cumulativas de CO₂ nas concentrações de CO₂ na atmosfera. As mudanças nas concentrações atmosféricas de CO₂ dependem do efeito líquido das emissões (como visto acima) e da absorção de CO₂ pelos sumidouros naturais de carbono (árvores e outras plantas, o solo e os oceanos).

O Global Carbon Project estima como esses sumidouros de carbono evoluíram nas últimas décadas. Mas, novamente, há uma enorme incerteza sobre como esse ciclo de carbono funciona e como ele evoluirá.

Da concentração de CO₂ ao aumento da temperatura

O próximo link é o impacto das concentrações atmosféricas de CO₂ na temperatura. Isso é chamado de sensibilidade climática de equilíbrio (ou equilibrium climate sensitivity, em inglês — “ECS”), que é o impacto na temperatura global, em relação ao período pré-industrial, de uma duplicação sustentada das concentrações atmosféricas de CO₂.

A estimativa mais recente do IPCC para o ECS é uma faixa de 1,5°C a 4,5°C, novamente um amplo intervalo de confiança refletindo uma grande incerteza (interações complexas e o feedback de mudanças no vapor d’água, nuvens e cobertura de gelo — sustentando um sistema não-linear, caótico e muito sensível às condições iniciais).

O IPCC então mapeia as emissões cumulativas de CO₂ de 2011–2100 contra as concentrações atmosféricas de CO₂ em 2100 e, em seguida, as concentrações atmosféricas de CO₂ contra a temperatura:

Como é fácil ver, nenhum desses cenários atinje o objetivo do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura a 1,5°C. De fato, em todos os cenários, há uma probabilidade significativa de que o aumento da temperatura ultrapasse 3°C. Para cumprir o objetivo de Paris, então, o sacrifício econômico precisaria ser colossal.

O sacrifício econômico para cumprir os objetivos do Acordo de Paris seria colossal

Do aumento da temperatura às mudanças climáticas

Embora o debate em torno das mudanças climáticas esteja obsessivamente focado nas temperaturas, há muito mais fatores afetando o clima. Mudanças na pluviosidade, padrões de vento (por exemplo, El Niño), umidade, ciclos da Terra e atividade solar, por exemplo, raramente são levados em consideração.

Das mudanças climáticas às perdas econômicas

Como visto, espera-se que o impacto econômico das mudanças climáticas seja moderado, se não muito pequeno, de acordo com a maioria das estimativas. Mesmo quando levados em consideração os potenciais efeitos secundários sobre a oferta de trabalho e a produtividade da economia, não há indícios de que as mudanças climáticas signifiquem uma ameaça existencial à nossa sociedade.

Espera-se que o impacto econômico das mudanças climáticas seja moderado, se não muito pequeno, pela maioria das estimativas

Saindo do armário como um ‘negacionista climático’

É muito desaconselhável propor uma discussão aprofundada sobre os efeitos das mudanças climáticas. Ir contra a ortodoxia significa que você terá que lidar com ser tachado de ‘negacionista climático’, um termo pejorativo que está ganhando força entre os membros dos grupos de interesse que promovem a narrativa da histeria climática.

Explicitamente evocando a expressão ‘negacionistas do Holocausto’, a idéia aqui é difamar os céticos como pessoas que negam um fato histórico ou científico, uma verdade estabelecida. Mas com relação ao clima, os céticos não estão contestando um fato estabelecido pelo método científico. O que os céticos desafiam é o chamado ‘consenso científico’ ao redor das mudanças climáticas — no todo ou em parte. Questionar o establishment científico não é o mesmo que ser anti-ciência.

Questionar o establishment científico não é o mesmo que ser anti-ciência

O problema aqui é que, quando você abandona o rigor do método científico — que só aceita resultados replicáveis e falseáveis ​​– em favor de um consenso sustentado por grupos de interesse, o que você está fazendo deixa de ser ciência e se torna política.

Meu problema com os profetas do apocalipse climático se resume a uma palavra: falseabilidade. Para entender a importância da falseabilidade, tome por exemplo a gravidade newtoniana (e ignore por um segundo a relatividade geral e seus desdobramentos). No ‘experimento da maçã’ de Newton, temos uma maneira muito simples de refutar a gravidade: se a maçã flutua, a gravidade não pode funcionar como descrita por Newton. Como isso não acontece, não podemos negar que a gravidade é uma teoria válida.

O mesmo não se pode dizer da ‘teoria das mudanças climáticas’. Ao contrário da gravidade, a ‘teoria das mudanças climáticas’ não é falseável em nenhum nível; a começar pelo fato de que não existe uma teoria geral que explique, preveja ou reproduza o fenômeno. Nenhum experimento pode provar que a teoria esteja errada. É mais uma colcha de retalhos de especulação científica do que uma ciência séria. É por isso que nos referimos a um consenso e não a um fato cientificamente comprovado. Portanto, chamar alguém de ‘negacionista climático’ é absurdo.

A chamada ciência climática é mais uma colcha de retalhos de especulação científica do que uma ciência séria

As novas gerações são —ao menos superficialmente — muito entusiasmadas com a ciência, mas parecem negligenciar o trabalho árduo que é necessário para entender o que a ciência realmente faz. E essa ignorância parece estar na raiz da histeria climática.

Porém a histeria climática não é uma novidade. É apenas a última encarnação do ativismo antiprogresso como já vimos com os malthusianos, os luditas e, mais recentemente, os movimentos de decrescimento.

Ao pensar em políticas públicas, pode ser útil voltar ao exemplo da maçã de Newton: se as maçãs começassem a flutuar, seria difícil acreditar que a gravidade é um fato; O que seria necessário para convencer o establishment que um apocalipse climático não está sobre nós?

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