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Ciência & Tecnologia

Maior olimpíada científica do Brasil, OBA prorroga inscrições

Escolas públicas e privadas poderão inscrever seus alunos até 10 de novembro no exame, que será aplicado, de forma virtual, nos dias 12 e 13 do mesmo mês

A pandemia do coronavírus afetou toda a agenda de eventos do ano, incluindo a da maior olimpíada científica do Brasil. Realizada tradicionalmente de forma presencial, a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) teve que se adaptar às mudanças do momento e realizará, pela primeira vez, a prova virtualmente. As avaliações, que antes eram realizadas em fase única, presencialmente nas escolas e em maio, agora acontecerão de forma virtual e em novembro, nos dias 12 e 13. Instituições públicas e privadas de ensino em todo o território nacional poderão se inscrever até o dia 10 de novembro.

A competição, que chega à sua 23ª edição, é dividida em quatro níveis: os três primeiros são para alunos do ensino fundamental e o quarto para os do ensino médio. A prova continua sendo realizada em única fase, com dez questões, em sua maioria, no entanto, de múltipla escolha, por conta do novo formato. Serão sete questões de Astronomia e 3 de Astronáutica. As medalhas são distribuídas conforme a pontuação obtida por cada nível.

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Os melhores classificados na OBA representam o país nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica de 2021. E os participantes dessa edição ainda vão concorrer a vagas nas Jornadas Espaciais, que acontecem em São José dos Campos (SP), onde os participantes recebem material didático e assistem a palestras de especialistas.

Os professores deverão inscrever seus alunos na plataforma onde será realizada a prova (https://app.oba.org.br/login). Um tutorial para o seu uso está disponível na página principal do site da OBA (www.oba.org.br). Além disso, o aplicativo “Simulado OBA” está disponível para celulares, tablets, computadores e no site da olimpíada, com vídeos explicativos, provas e gabaritos das edições anteriores.

Em 23 anos de existência, a OBA já superou a marca dos 10 milhões de participantes e distribui anualmente cerca de 50 mil medalhas. A edição de 2019 teve a participação recorde de 884.979 estudantes de 9.965 escolas de todos os estados do Brasil e do Distrito Federal, além de duas do Japão.

MOBFOG

Organizada pela OBA, a 14ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) também sofreu mudanças por conta da pandemia. A competição, que avalia a capacidade dos estudantes de construírem e lançarem, o mais longe possível, foguetes feitos de garrafa pet, de tubo de papel ou de canudo de refrigerante, pode ser realizada na forma presencial, mas há ainda a opção de foguete virtual, com data limite para lançamento até o dia 13 de novembro, mesmo dia da prova da OBA. A flexibilização surgiu este ano com a especificidade do momento.

A organização do evento decidiu abrir duas possibilidades, pois algumas escolas brasileiras já vinham trabalhando no modelo tradicional. Por outro lado, onde for possível, o aluno pode lançar seu foguete na presença de um adulto, que faz a medida da distância entre o ponto de partida e a parada do foguete e passa esta distância para o professor responsável pela MOBFOG, que fará a digitação dos dados e alcances dos estudantes, na Extranet da escola (www.oba.org.br/extranet), acessando com login e senha, entre 14 e 30 de novembro.

Contudo, este ano terá também a modalidade da MOBFOG VIRTUAL, ou seja, o aluno precisará projetar um foguete usando o software OPENROCKET.INFO para que alcance o maior apogeu (altura vertical) possível, a partir de certas restrições que serão dadas pela organização. A modalidade de foguete virtual também está aberta aos alunos que podem fazer os lançamentos reais de foguetes, ou seja, o jovem pode participar das duas modalidades, isto é, MOBFOG REAL e da VIRTUAL e as premiações são separadas. Alunos participantes somente da modalidade virtual não serão convidados para as Jornadas de Foguetes reais.

A MOBFOG é voltada para alunos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e particulares de todas as regiões do país. Jovens que concluíram o ensino médio podem participar, desde que representando a instituição na qual se formaram, com a concordância da mesma. O evento acontece dentro da própria escola e tem quatro níveis.

Os foguetes devem ser elaborados e lançados individualmente ou em equipe de, no máximo, três estudantes. Entre 14 e 30 de novembro, a escola deverá informar os nomes dos participantes e os alcances obtidos por seus foguetes em www.oba.org.br/extranet. No final, todos, incluindo professores e diretores, recebem um certificado e os estudantes que alcançarem os melhores resultados receberão medalhas.

Os alunos do nível 1 (do 1º ao 3º ano do ensino fundamental) lançam foguetes construídos com canudinhos de refrigerantes. Os do nível 2 (do 4º ao 5º ano do fundamental) elaboram foguetes com tubinhos de papel. Já os alunos do nível 3 (do 6º ao 9º ano) constroem foguetes com garrafas PET, mas usam somente água e ar comprimido para lançá-los.

Os alunos do ensino médio também fazem foguetes de garrafa PET, mas com um elemento mais complexo, pois têm que usar combustível químico, ou seja, vinagre e bicarbonato de sódio. Durante o trabalho, os participantes aprendem, na prática, a famosa Lei da Física da Ação e Reação, de Isaac Newton. Além de desenvolverem os foguetes, os estudantes terão que construir a base de lançamento.

No site da OBA, no tópico “Downloads”, encontram-se todos os detalhes para a construção dos projetos, além dos vídeos explicativos. Os resultados serão obtidos por meio das distâncias medidas ao longo da horizontal entre a base de lançamento e o local de chegada dos foguetes.

Organização

A OBA é coordenada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB) e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Universidade Paulista (UNIP).

Além de ter crescido, a OBA se multiplicou ao longo dos seus 23 anos. Dentro da olimpíada foi criada a Mostra Brasileira de Foguetes, a MOBFOG, que cresce anualmente com alunos lançando seus foguetes aos céus do Brasil. Mas não é só isso. Também nasceram as Jornadas Espaciais, as Jornadas de Foguetes, os Acampamentos Espaciais e os Encontros Regionais de Ensino de Astronomia (EREA). Este último, promovido desde 2009, já capacitou cerca de 10 mil professores passando por mais de 80 cidades do país, até mesmo na longínqua Oiapoque, no extremo norte do Amapá. Ele é realizado com parcerias locais e principalmente com recursos obtidos junto ao CNPq. Outro projeto promovido pela olimpíada é o OBA de Olho no Céu, que leva astronomia para cerca de 25 mil alunos por ano por meio do seu Planetário Digital.

Quem desejar organizar um EREA em sua região ou receber o Planetário Digital, basta entrar em contato com a secretaria ([email protected]).

Para mais informações:

Site: www.oba.org.br

Email: [email protected]

Telefone: + 55 (21) 2334-0082 / 4104-4047 / 2254-1139

Celular: + 55 (21) 98272-3810

Tags: educacao, Ciência, Tecnologia, Olimpiada, olimpíada brasileira de astronomia, oba, Astronomia, astronáutica, conhecimento, joão canalle, marcos pontes, Foguete, prova, inscrições