Cultura & Entretenimento
Multiartista Wesley Nóog lança livro na Bienal do Rio
Lançamento de “Esmeralda Sobre a Tábua da Vida Cotidiana”, que mergulha na cultura do Egito Antigo para fazer reflexões sobre vivência e espiritualidade, terá bate-papo com o autor mediado pela jornalista Renata Novaes
O multiartista Wesley Nóog, pioneiro no gênero “Sambasoul”, mantém viva a escola de sambista escritores, com nomes como Martinho da Vila e Nei Lopes, e marcará presença na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, no Riocentro, para lançar o seu segundo livro: “Esmeralda Sobre a Tábua da Vida Cotidiana”. A obra será apresentada no dia de abertura do evento, 13 de junho, sexta-feira, às 19h30, com bate-papo mediado pela jornalista Renata Novaes no “Conversamba”, no estande da Mabras Music & Arts.
Nas páginas, o autor mergulha na cultura do Egito Antigo para fazer reflexões sobre vivência e espiritualidade.
- A obra é apologia poética parafraseada, comparação, forma nova de olhar, pensar corretamente, falar afirmando sentido real das coisas, e ação prática em relação aos conceitos que já foram abordados ao longo de milênios. Mantém, todavia, de certa forma, o sentido original em relação à “Tábua de Esmeralda” atribuída a “Hermes Trismegisto”, escriba, escritor do reino de Osires, Isis, seus filhos Seth e Sem, ao norte da África, Antigo Egito, milhares de anos antes da era cristã, por volta de 3.013 A.C., onde tornaram-se as divindades mais veneradas dentre o panteão egípcio durante o “Terceiro Período Intermediário, tendo Jorge Benjor feito menção em seu décimo álbum, “A Tábua de Esmeralda”, de 1974 – explica Nóog, autor também de “Sambando em Verso, em Prosa” (2021).
Nóog espera que “Esmeralda Sobre a Tábua da Vida Cotidiana” seja uma boa fonte de leitura para quem se interessa por filosofia, história, poesia, religião, esoterismo, espiritualidade e literatura.
- O lançamento será um momento histórico tal qual o momento da criação do Sambasoul e do Manifesto Mameluco Afro-Brasileiro, no início dos anos 2000, marcando minha geração de artistas que linkam a música à literatura. Uma turma que fortalece a Cultura Sambística, que me orgulho de integrar, com nomes como Nei Lopes, Marinho da Vila e Onésio Meireles, mantendo acesa a chama da importância da literatura proveniente de sambistas – destaca.
Rei do Sambasoul
Carismático e de voz potente, Wesley Nóog é um talento do samba com mais de 20 anos de carreira que ganhou destaque pelo álbum “Mameluco Afro Brasileiro” (2010), uma verdadeira odisseia em exaltação ao povo brasileiro, à beleza feminina e aos Orixás, atingindo mais de 1 milhão de downloads pela inusitada junção do Samba com o Soul norte-americano, rendendo ao artista o título de “Rei do Sambasoul” pelo saudoso jornalista Gilberto Dimenstein, do Conselho editorial da Folha de São Paulo, o que foi confirmado em mais três álbuns, amplamente veiculados pela imprensa nacional e internacional.
Criador do sambasoul paulistano e atualmente radicado no Rio de Janeiro, o cantor e compositor é reconhecido por suas performances energéticas e por trazer uma nova roupagem ao samba, incorporando elementos de soul, funk e R&B, reflexo de suas raízes e influências.
- Até o ano de 2009, a palavra Samba era separada do Soul. A partir dali, passou a ser “Sambasoul”, o gênero mais novo da música brasileira - conta o artista.
Com a influência do Samba e do Funk/Soul norte-americano, Nóog tem sete álbuns lançados, sendo os dois primeiros com as bandas Swing & Cia e Fankalha. Os seus álbuns solos anteriores são “Mameluco Afro-Brasileiro” (de 2010), “Sou Assim” (2013), “Reinício” (2017) e o atual, “O Samba é da Gente”, que saiu pelo seu novo selo, “Mabras Music & Arts”, e se tornou um fenômeno da música independente brasileira, com mais de 3 milhões de pessoas alcançadas, mais de 300 mil streamings nas plataformas musicais, mais de 2 milhões em visualizações em vídeos e milhares de matérias na mídia nacional e internacional.
Nóog também desfila uma musicalidade carregada de engajamento sociocultural. Ele foi inclusive um dos pioneiros das respeitadas ONGs “Cooperifa” e “Ação Educativa”, e um dos artistas do “Kilombo”, que gravou a série “Memória do Samba Paulista”, reunindo a velha guarda de todas as escolas de sambas de São Paulo. Com destaque no cenário musical nacional e internacional em turnês entre Brasil, Europa e Estados Unidos, já dividiu o palco com grandes nomes como Seu Jorge, Zeca Baleiro, Jair Rodrigues, Chico César, Nando Reis e Olodum.
No ano passado, foi indicado ao Grammy Latino na categoria de “Melhor Performance de Música Global”, com a canção “Tapete Vermelho”. Em 2025, lançou o single e clipe “Mão África”, parceria com Rodolfo Caruso, poeta e integrante da ala dos compositores da Império Serrano e do Samba na Fonte.
Serviço:
Conversamba na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro
Local: Riocentro – Av. Salvador Allende, 6555, Barra Olímpica, Rio de Janeiro - RJ (estande da Mabras Music & Arts – Rua Q-61)
Dia e horário: 13 de junho, sexta-feira, às 19h30
Mais informações: https://wesleynoog.com.br/
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