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Ciência & Tecnologia

Asteroide passa 'de raspão' na Terra dias após sua primeira observação

Objeto serve de lembrete de que existem muitos objetos próximos de nós que não foram descobertos;

Asteroide passou a uma distância segura do planeta, e não ameaçou a vida na Terra;

Meteoro é um dos 15 mil cujas orbitas ao redor do Sol podem se cruzar com a Terra algum dia.

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Nesta madrugada de quinta-feira, o asteroide conhecido como 2022 OE2, passou próximo à Terra, tendo sido observado pela primeira vez há menos de duas semanas, somente no dia 26 de julho. O caso é um lembrete de que muitos dos objetos próximos à Terra ainda não foram descobertos.

A rocha espacial passou a uma distância considerada segura, a cerca de 5 milhões de quilômetros, mais de 10 vezes a distância entre a Terra e a Lua, e nunca representou nenhum perigo para o nosso planeta. Ele é um dos 15 mil asteroides da classe Apolo, o que significa que eles estão em órbita ao redor do Sol de tal maneira que podem cruzar com nossa própria órbita.

O que causou espanto foi o fato da NASA ter encontrado o objeto somente no dia 26 de julho, o que daria pouca margem de tempo de reação caso a rocha de 380 metros de largura estivesse em rota de colisão com o planeta.

A NASA pretende identificar e categorizar todos os objetos próximos à Terra, ou NEO (Near Earth Objects), porém a enormidade do espaço e o tamanho relativamente pequeno desses objetos dificultam esse trabalho. Atualmente a NASA rastreia milhares desses objetos, porém a própria agência afirma que menos da metade dos estimados 25 mil objetos próximos da Terra, com 140 metros ou mais, foram encontrados.

A agência espacial norte-americana informou que não tem conhecimento de nenhum asteroide em rota de colisão com a Terra pelos próximos 100 anos. Segundo a agência, o mais perigoso é Bennu, que tem chances de 1 em 1.800 de atingir a Terra antes de 2290.

No entanto, a surpresa de hoje é um lembrete de que ainda há objetos desconhecidos, e que precisamos estar preparados para eles. No final de setembro, a NASA irá pôr em ação a missão Dart, que prevê a colisão intencional com um asteroide em um teste para ver se é possível alterar a direção de um objeto vindo em nosso caminho.