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Internacional

EUA revelam qual o ‘equipamento certo’ para a Ucrânia vencer a guerra

O conflito entre Rússia e Ucrânia entrou em seu terceiro mês nesta segunda-feira, 25. Apesar das negociações estarem paradas e os bombardeios continuarem, os Estados Unidos afirmaram que o país do Leste Europeu tem chances de vencer essa guerra. Mas, para isso, precisa do ‘equipamento certo’. A informação foi dada por Lloyd Austin, um comandante do Pentágono que esteve em Kiev no domingo, 24, e se encontrou com Volodymyr Zelensky junto com o secretário de Estado, Antony Blinken. Segundo Austin, “o primeiro passo para vencer é acreditar que você pode vencer. E eles acreditam que podem vencer”, declarou a um grupo de jornalistas.

O encontro entre os representantes norte-americanos e o líder ucraniano durou três horas e foi “muito produtivo e detalhado”, afirmou um porta-voz do Pentágono. Após as conversas, Lloyd Austin destacou ainda que o governo dos Estados Unidos espera uma queda na capacidade militar da Rússia: “Queremos ver a Rússia enfraquecida a ponto de não poder fazer o tipo de coisa que fez ao invadir a Ucrânia”. Desde antes da guerra, Zelensky pediu aos países ocidentais o envio de armas pesadas – incluindo artilharia e aviões de combate -, ao garantir que as forças ucranianas poderiam mudar o rumo da guerra com mais poder de fogo. Seus apelos encontraram resposta, porque desde a invasão russa em 24 de fevereiro, vários países da Otan se comprometeram, nos últimos dias, a fornecer armas pesadas e equipamentos à Ucrânia, apesar dos protestos de Moscou.

Washington é um dos que mais fizeram doações financeiras e militares para a Ucrânia, e é um dos principais apoiadores das sanções contra Moscou, entretanto, até domingo, ainda não tinha enviado funcionários importantes do governo a Kiev, enquanto vários líderes europeus viajaram para a capital ucraniana para expressar apoio. Após o encontro e o retorno para a Polônia, Austin e Blinken anunciaram o envio de US$ 700 milhões em ajuda militar adicional. O secretário de estado dos EUA aproveitou o momento para informar que o presidente Joe Biden pretende designar nos próximos dias a atual embaixadora do país na Eslováquia, Bridget Brink, como nova representante diplomática em Kiev, um cargo que está vago desde 2019. Embora vários países europeus já tenham reaberto suas embaixadas em Kiev, o retorno dos diplomatas americanos será gradual, segundo um funcionário do Departamento de Estado.