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Madonna: revisite a trajetória fashion da diva do pop aos 65 anos
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Madonna: revisite a trajetória fashion da diva do pop aos 65 anos

Ditando moda ou quebrando estereótipos, a eterna “material girl” tem um legado inquestionável na indústria da moda. Veja destaques

Cultura & Entretenimento

“Me recuso a ter uma vida convencional”, disse Madonna, em 2017, à revista Harper’s Bazaar. Um verdadeiro ícone atemporal da música e uma força incomparável no mundo da moda, a cantora celebra 65 anos nesta quarta-feira (16/8). A rainha do pop, cujo legado transcende gerações, redefiniu constantemente os limites da moda e da expressão artística.

Vem conferir os pontos altos da carreira da “material girl“!

Anos 1980

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Em homenagem à diva do pop, a coluna relembra o estouro de criatividade que caracterizou a década de 1980, uma era moldada pela irreverência underground. Em 1982, Madonna conquistou os holofotes e, já no início da carreira, influenciou os fãs com um estilo pincelado por influências do movimento punk.

Aos 24 anos, à época, ela tinha uma postura provocadora e lançou tendências que, 40 anos depois, continuam em alta. Com uma postura forte nos palcos e autenticidade na hora de se vestir, Madonna abusou dos acessórios no período.

Diversos colares adornavam o pescoço da popstar, com direito a crucifixos de vários tamanhos, que se tornaram outra marca registrada. A meia-calça arrastão também fazia sucesso. Outro ponto marcante na trajetória foi o uso dos sutiãs como tops, para além da lingerie.

A popularidade continuou a aumentar globalmente com o lançamento do segundo álbum de estúdio, Like a Virgin, em novembro de 1984, o primeiro da carreira a entrar na Billboard 200.

Naquela década, Madonna realmente provou ser uma visionária da moda, misturando o estilo punk com outros elementos. Usava jaquetas de couro rasgadas, tachas, spikes e correntes nas roupas. Personificou a liberdade e a rebeldia, rompendo com as convenções e desafiando a ideia de que a moda poderia ser restritiva ou previsível.

Estilo cowboy

Madonna não teve medo de mudar seu estilo ao longo dos anos. Durante um período, também transitou pela tendência western, e usava até chapéu de cowboy. A popstar combinava calças com estilo texano e encarnou uma cowgirl para o lançamento do álbum Music, em 2000, por exemplo.

A influência do estilo cowboy perdurou e pode ser vista nos palcos e no guarda-roupa pessoal de Madonna até em looks dos últimos anos. Ainda hoje, a estrela é adepta de botas texanas e muitas franjas.

Relação com marcas

Ícone fashion, Madonna não poderia deixar de se relacionar com grandes nomes da moda, como designers e marcas renomadas. Nas parcerias, a personalidade e história da cantora também foram contadas por figurinos, sem deixar de lado as posições políticas e a abordagem de temas como religião e feminismo.

O relacionamento marcante com Jean Paul Gaultier teve início em 1987, selado pelo body com sutiãs de cone para a Blond Ambition Tour. Posteriormente, o diretor criativo também foi responsável por figurinos da cantora em algumas outras turnês, como a Drowned World Tour, em 2001, e a Confessions, de 2006. Sem esquecer, ainda, do marcante look de gueixa no clipe Nothing Really Matters, de 1998.

A amizade com Gianni e Donatella Versace também resultou em parcerias. A cantora estrelou campanhas para a etiqueta italiana em 1995, 2005 e, pela terceira vez, em 2015. Também usou visuais da grife em tapetes vermelhos, como o look do Met Gala em 1997 e o Oscar em 2006. Em tom de homenagem, também elencou um vintage da label para after party do Met Gala em 2018.

Ainda em relação a marcas italianas, Madonna firmou a era Tom Ford na Gucci ao elencar peças de estreia do estilista na grife, para o VMA em 1995. Dando sequência no trabalho da dupla, o diretor criativo Alessandro Michele também criou, em nome da Gucci, um figurino para a cantora vestir no Billboard Music Awards, em 2016.

Outro momento especial foi o vestido de casamento idealizado por Stella McCartney em 2000. Posteriormente, a britânica também desenvolveu um dos looks que complementou o figurino na turnê Re-Invention, de 2004, assim como produções para premiações e tapetes vermelhos ao redor do globo.

Ainda na turnê Re-Invention, de 2004, outra etiqueta elencada por Madonna foi a Chanel. As criações do saudoso Karl Lagerfeld para as premiações atraiam os holofotes.

Quando Riccardo Tisci ocupava a cadeira criativa da Givenchy, o trabalho do estilista rendeu produções ousadas para Madonna. No repertório, estavam visuais com decotes ousados.

Brasil

No Brasil, a cantora realizou shows em 1993 (The Girlie Show), 2008 (Stick and Sweet) e 2012. Após 12 anos sem pisar em solo brasileiro, incluiu o pais na turnê The Celebration Tour, prevista para 2024, a fim de comemorar os 40 anos de carreira. As informações são do jornal chileno La Tercera. A artista precisou adiar os shows, que começariam em 15 de julho, após a artista ser internada na UTI para tratar de uma doença bacteriana.

Também desembarcou no Rio de Janeiro em 2009, a convite da W Magazine. A relação do país com a cantora também foi marcada pela comercialização da marca Material Girl. A etiqueta comandada por Madonna com a filha Lourdes Maria Ciccone Leon foi trazida pelo grupo Iconix, em 2016.

Em 2010, a cantora elencou uma bolsa da label carioca Osklen, ao pousar em Malaui, na África. Depois, escolheu chapéu da marca para aproveitar um passeio de barco na Espanha, em Ibiza. Outra etiqueta nacional que caiu no gosto da diva do pop foi notada durante uma ida a Argentina: em 2012, Madonna foi vista com sandálias da grife brasileira Carmen Steffens. A peça integrava a coleção de verão 2013 da marca.

Já em 2019, a norte-americana apareceu com joia de designer brasileiro em festa pós-Oscar. Contudo, não foi a única aparição com criações do baiano Carlos Rodeiro. Em 2018, inclusive, Madona usou o item para celebrar 60 anos, no Marrocos.

Revistas

O legado de Madonna também é eternizado em capas de revistas de moda ao redor do globo. Em fevereiro deste ano, ela se vestiu de Jesus Cristo para a Vanity Fair. O editorial foi complementado por entrevista que abordou tópicos relevantes, como sexualidade, diversidade, feminismo e religião. Outras publicações, como Harper’s Bazaar, Cosmopolitan, W Magazine e Vogue, também tiveram edições protagonizadas pela rainha do pop.