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PF prende novos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília
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PF prende novos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília

São cumpridos 32 mandados de prisão e 46 de busca e apreensão em nove estados e no Distrito Federal

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A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta-feira (17) 46 mandados de busca e apreensão e 32 mandados de prisão preventiva em nove estados e no Distrito Federal. É a oitava fase da Operação Lesa Pátria, que investiga pessoas que participaram, financiaram ou se omitiram nos ataques ocorridos em 8 de janeiro em Brasília, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.

Os policiais federais cumprem mandados nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal. Ao R7, a Polícia Federal informou que são cumpridos nesta manhã:

Bahia: 2 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão preventiva;

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Distrito Federal: 2 mandados de busca e apreensão

Goiás: 2 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão preventiva;

Maranhão: 1 mandado de busca e apreensão e 1 mandado de prisão preventiva;

Espírito Santo: 1 mandado de busca e apreensão e 1 mandado de prisão preventiva;

Minas Gerais: 9 mandados de busca e apreensão e 8 mandados de prisão preventiva;

Paraná: 2 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão preventiva;

Rondônia: 11 mandados de busca e apreensão;

Rio Grande do Sul: 3 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão preventiva;

São Paulo: 13 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão preventiva.

Segundo a PF, os crimes investigados são de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

PGR denuncia mais cem envolvidos

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou cem novas denúncias contra pessoas acusadas de ter participado da invasão às sedes dos Poderes. As denúncias foram apresentadas na quarta-feira (15) no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura a participação de incitadores dos atos. No total, desde o início das investigações, o número de denunciados chega a 1.037.

Eles devem responder em liberdade pelos crimes de incitação equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e associação criminosa, cuja pena máxima, em caso de condenação, pode atingir três anos e três meses de reclusão.

As acusações partem da identificação de três grupos de infratores: o formado pelos que invadiram os edifícios e atuaram pessoalmente na depredação do patrimônio público; o pelos que avançaram as barreiras policiais de proteção dos edifícios; e o pelos que acamparam nas imediações do quartel-general, solicitaram intervenção das Forças Armadas e incitaram animosidade entre essas e os Poderes Constitucionais.

294 pessoas continuam presas

O ministro Alexandre de Moraes finalizou nesta quinta-feira (16) a análise dos pedidos de liberdade de presos pelos atos do dia 8 de janeiro. Ele determinou a soltura de mais 129 pessoas que, para o ministro, não representam mais risco à investigação e à sociedade.

No entanto, elas precisam usar tornozeleira eletrônica e não podem se comunicar com outros investigados. Continuam presas 294 pessoas, entre as quais 208 homens e 86 mulheres.

Prejuízos milionários

Os danos causados ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF chegam a R$ 18,5 milhões, segundo estimativas apresentadas em janeiro pela Advocacia-Geral da União. Em pedido feito à Justiça Federal no DF para bloquear a quantia de quem financiou os atos, a AGU afirmou que os financiadores também devem arcar com o prejuízo.

"Os réus tiveram papel decisivo no desenrolar fático ocorrido no último dia 8 de janeiro de 2023 e, portanto, devem responder pelos danos causados ao patrimônio público federal e derivados desses atos, disso decorrendo a sua legitimidade passiva", diz o pedido. O bloqueio recai sobre imóveis, veículos, valores financeiros em contas e bens no nome dos investigados.

Confira os prejuízos calculados:

• Palácio do Planalto: R$ 7.978.773,07

• Câmara dos Deputados: R$ 1.102.058,18

• Senado: R$ 3.500.000,00

• Supremo Tribunal Federal: R$ 5.923.000,00

• Total: R$ 18.503.831,25