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No skate, Kelvin Hoefler conquista primeira medalha do Brasil nas Olimpíadas 2020

Paulista faz grande performance e leva a prata na primeira final da história do skate em Jogos Olímpicos. Japonês Yuto Horigomi é o primeiro medalhista de ouro da modalidade.

Na primeira final da história do skate nas Olimpíadas, o brasileiro Kelvin Hoefler ficou com a prata, conquistando a primeira medalha do país na Tóquio-2020.

Porém, por pouco o brasileiro quase foi de outro esporte que também faz sua estreia nas Olimpíadas de Tóquio: o surfe.

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Segundo o jornal "O Globo", Kelvin Hoefler sofreu um trauma com a prancha. Ele não gostava de água fria, então seu pai comprou uma roupa de borracha para o filho praticar o esporte. Entrou água e ar no traje, e Kelvin quase se afogou.

Foi então só com 8 anos de idade que o jovem nascido em Guarujá, cidade do litoral paulista, começou a andar de skate.

E ele iniciou no esporte com uma "pista" improvisada dentro de casa, com uma mini rampa com alguns obstáculos, que ia da cozinha até a garagem.

"Foi difícil. Eu vim de uma cidade muito pequena, que não tinha a prática do esporte. Meu pai me levando para as pistas nos finais de semana, policial... era bem difícil conciliar tudo isso, sabe? Então foi uma garra, sabe? Na minha cozinha, minha mãe me xingando, quebrando panela, quebrando prato. Eram muitas dificuldades até dentro de casa. Então chegar aqui e representar uma nação, é uma pressão muito grande, mas é um alívio. Eu acreditei, o skate acreditou e me abraçou. O skate me abraçou e falou 'Kelvin, a gente tá junto e é isso aí'", disse o brasileiro, à TV Globo.

Filho de policial, Kelvin disse que sempre foi criado na base de muita disciplina em casa.

"Nunca bebi, nunca fumei. Nem costumava andar com a galera. No skate ou você é 'lifestyle', fazendo vídeos e andando relaxado, ou é focado em competição, treina, tem a hora certa de comer, de ir na academia. Eu me encaixo nesse segundo grupo", disse, ao jornal.