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Internacional

Rússia já tem armas nucleares próximas a Finlândia e Suécia, afirma Lituânia

Moscou disse nesta quinta-feira (14) que será forçada a fortalecer suas defesas no Báltico se a Finlândia e a Suécia se juntarem à Otan, inclusive com o uso de armas nucleares, já que a guerra na Ucrânia entrou em sua sétima semana.

O ex-presidente Dmitry Medvedev, vice-presidente do conselho de segurança da Rússia, disse na quinta-feira que a Rússia reforçará todas as suas forças na região se os dois países nórdicos se juntarem à aliança liderada pelos EUA.

A Finlândia e a Suécia estão deliberando se devem abandonar décadas de não alinhamento militar e se juntar à Otan, com os líderes dos dois países nórdicos dizendo que o ataque da Rússia à Ucrânia mudou “todo o cenário de segurança” da Europa.

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Sua adesão à aliança mais do que dobrará a fronteira terrestre da Rússia com os membros da Otan , disse Medvedev. “Naturalmente, teremos que reforçar essas fronteiras” reforçando as defesas terrestres, aéreas e navais na região, disse ele.

Medvedev, um aliado próximo do presidente Vladimir Putin, levantou explicitamente a ameaça nuclear, dizendo que a adesão finlandesa e sueca à Otan significaria que não poderia haver “mais conversas sobre qualquer status livre de armas nucleares para o Báltico: o equilíbrio deve ser restaurado”.

A Rússia “não havia tomado tais medidas e não iria tomar”, disse ele. “Mas se nossa mão for forçada, bem… tome nota que não fomos nós que propusemos isso.” A Rússia faz fronteira com os estados bálticos da Estônia e da Letônia, e o enclave russo de Kaliningrado fica entre a Polônia e a Lituânia.

A primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, disse na quarta-feira que a Finlândia , que compartilha uma fronteira de 1.300 km com a Rússia, provavelmente decidirá sobre um pedido da Otan “dentro de semanas”, enquanto sua homóloga sueca, Magdalena Andersson, disse que há “não adiantava adiar” a decisão.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse que as forças russas, que se retiraram do norte da Ucrânia depois de não tomarem a capital, estão “aumentando suas atividades nas frentes sul e leste, tentando vingar suas derrotas”.

A vice-ministra da Defesa, Hanna Malyar, disse na quinta-feira que a Rússia está concentrando tropas ao longo da fronteira Rússia-Ucrânia, na Bielorrússia e na região separatista da Transnístria da Moldávia, com as cidades orientais de Kharkiv, Donetsk e Zaporizhzhia sob ataque de mísseis.

Os EUA divulgaram um novo pacote de ajuda militar, incluindo veículos blindados e helicópteros, dizendo que estão tentando fornecer à Ucrânia armas que lhes dariam “mais alcance e distância” antes do ataque previsto.

O ministro da Defesa da Lituânia, Arvydas Anusauskas, disse que a Rússia já tem armas nucleares posicionadas próximas a Finlândia e Suécia. A declaração foi feita na tarde desta quinta-feira (14), segundo o horário local, após ameaça nuclear russa.

Mais cedo, o vice-presidente do conselho de segurança e ex-presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, disse que o país iria transferir armas nucleares para a região do Mar Báltico, se Finlândia e Suécia tentassem entrar para a Otan.

De acordo com Anusauskas, armamentos nucleares já foram transferidos para Kaliningrado, no Mar Báltico, mesmo antes do início da guerra da Ucrânia:

“As atuais ameaças da Rússia parecem um pouco estranhas, porque sabemos que, mesmo sem a atual situação de segurança, eles mantêm uma arma a 100 quilômetros da fronteira da Lituânia”.

Na terça-feira (12), a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, disse que o país deciria se faria parte da aliança militar “nas próximas semanas”.