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EVOLUÇÃO DO VINHO NACIONAL
Os primeiros barris de vinho chegaram ao Brasil como parte da comitiva de Pedro Álvares Cabral, estocados para elevar o moral dos marujos e servir às missas que eram rezadas todos os dias durante a sua viagem. Desde então – numa história que mistura tantas influências quanto o possível, nesta nossa terra de diversidades – as vinhas brotaram e um vinho simples, ainda sem grande qualidade, era produzido em vinícolas dos estados do Sudeste e Nordeste do Brasil.
•1532 – chegada ao Brasil de Martim Afonso de Souza. Com ele, vem Brás Cubas, que planta as primeiras vinhas, na capitania de São Vicente
•Final do século XVIII – introduzidas as primeiras videiras americanas
•1870/1875 – início da colonização italiana na Serra Gaúcha
•1970 – chegam ao Brasil as primeiras multinacionais do vinho
•Anos 80 e 90 até os dias atuais – grande desenvolvimento tecnológico e estabelecimento de novas regiões produtoras. Hoje existe um grande desenvolvimento de produção de vinho na região Sudeste e Centro-Oeste do País. Isso é possível porque o Enólogo Murillo de Albuquerque Regina trouxe a técnica de dupla poda para o Brasil. Esta técnica modifica o ciclo vegetativo da planta fazendo com que a colheita seja feita no Inverno. Como o Inverno em Minas, São Paulo, Goiás e na Serra do Rio de Janeiro são de dias quentes e noites frias as uvas ficam maduras e sadias, proporcionando vinhos bem concentrados e com boa acidez orgânica mantendo assim um ótimo equilíbrio
O Brasil é um país com um território extenso e com múltiplas características de clima e solos. Por conta disso, somos considerados como uma das maiores potências da agricultura mundial, já que é difícil encontrar um tipo de alimento que não se adapte a essa grande variedade geográfica do país. Por que então a geografia do Brasil não seria favorável à produção de vinhos?
Por aqui, cultivamos em nossos vinhedos diversos tipos de uvas estrangeiras, entre elas as castas tintas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Tannat, Pinot Noir, Gamay, Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Roriz e Syrah. Já no caso das uvas brancas, o destaque fica por conta das uvas Riesling, Sémillon, Chardonnay e Trebbiano, além da mais plantada entre todas as outras, a Moscato Branca.
O sucesso é crescente e o país tem atingido um ganho cada vez maior na produção de rótulos que priorizam a qualidade e a elegância, revelando uma identidade própria e única em cada variedade elaborada pelas mãos de excelentes produtores. Conheça alguns produtores abaixo.
Dal Pizzol Cabernet Franc : Tinto de médio corpo, equilibrado e elegante. Ideal para acompanhar feijoada.
Maria Maria Syrah ( Vinho de dupla poda ): Vinho tinto mineiro que vem homenagear a linda música do Milton Nascimento. Vinho de boa estrutura, intenso, persistente e equilibrado. Acompanha muito bem queijos tipo Brie, Camembert e Reblouchon, e carnes mais gordurosas.
Casa Perini Tannat : Tinto de boa estrutura, taninos presentes, mas aveludados, fundo de boca longo e agradável. Acompanha muito bem carnes de caça, bife de Chorizo, Ancho e picanha maturada.
Miolo Reserva Cabernet Sauvignon : Tinto de bom corpo, com intensidade e persistência boa. Fundo de boca equilibrado e elegante. Acompanha muito bem carne de cordeiro, massas com molhos picantes, ensopado de carne e Costela no bafo.