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Cultura & Entretenimento

https://falalavinas.wordpress.com/2025/05/26/the-last-of-us-hbo-max-2a-temporada-critica/

A segunda temporada de “The Last of Us”, da HBO, chega com a difícil missão de manter o sucesso da primeira, que conquistou crítica e público. Baseada no premiado jogo homônimo, a série não se limita ao apocalipse zumbi: mergulha em relações humanas, escolhas morais e o peso da perda. Com expectativas elevadas, esta nova fase busca expandir o universo da trama, abordando temas como vingança, luto e redenção. No entanto, ao tentar equilibrar fidelidade ao jogo e acessibilidade televisiva, perde parte da intensidade e complexidade que marcaram a estreia.

A trama atual se passa cinco anos após a primeira temporada, com Ellie (Bella Ramsey) e Joel (Pedro Pascal) vivendo em Jackson, Wyoming, em relativa paz antes de um evento trágico mudar tudo.

Embora ainda bem produzida, a temporada carece do impacto emocional da anterior. A história de Joel e Ellie, antes centrada em sobrevivência e vínculos profundos, agora foca quase exclusivamente na vingança. Ellie surge como a heroína injustiçada; Abby, como a vilã. Essa simplificação reduz a ambiguidade moral que tornava a obra original provocativa — falta o cinza, sobra o maniqueísmo.

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No jogo, a violência de Ellie reflete a brutalidade do mundo em que vive. Na série, essa brutalidade é suavizada, esvaziando parte da complexidade da personagem. A tentativa de torná-la mais “humana” acaba tirando sua força. O ritmo também é irregular: episódios longos, cenas silenciosas demais e pouca ação tornam a narrativa arrastada em vários momentos.

Em compensação, a qualidade técnica continua excelente. A direção de arte, os efeitos visuais e a trilha sonora mantêm o padrão elevado da HBO. O elenco é outro ponto alto: Bella Ramsey (“Game of Thrones”) impressiona novamente como Ellie, e Pedro Pascal (“The Mandalorian”), mesmo com menos tempo em tela, segue como o coração emocional da série. Destaque também para Isabela Merced (“Dora e a Cidade Perdida”) e Kaitlyn Dever (“Fora de Série”), que entregam atuações sólidas e ajudam a dar vida a personagens desafiadores.

Apesar de abordar temas relevantes, como trauma e vingança, a temporada opta por um caminho mais seguro. A complexidade moral presente no jogo foi diluída, e isso compromete o impacto da história. A série continua boa, mas não alcança o nível da primeira. Falta ousadia, falta mordida.

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