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Eventual saída de Guedes do cargo pode ser "até positiva", diz economista
Dependerá do substituto escolhido, declarou o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez. Leia no Poder360.
Opinião
O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, 35 anos, avalia que uma eventual saída de Paulo Guedes do cargo de ministro da Economia “pode até ser positiva” a depender de quem o substituiria. “Achar um nome é muito difícil. Mas hoje a gente já considera que uma eventual substituição pode até ser positiva, dependendo de quem for”, afirmou em entrevista ao Poder360.
Na avaliação, Sanchez considera o desgaste que houve na imagem do ministro por conta do Orçamento aprovado pelo Congresso para 2021. O texto –sancionado na 5ª feira (22.abr.2021) por Bolsonaro– foi considerado “inexequível” pela equipe econômica em sua versão avalizada pelo Legislativo. Os congressistas, por sua vez, afirmaram que o texto foi o combinado com o governo.
O economista pondera, no entanto, que Guedes segue como o “grande defensor” da agenda liberal no governo federal. “Se por um lado ele está perdendo o grau de credibilidade, por outro, ele é o único ainda visto como detentor desse atributo liberal no governo”, diz.
Para Sanchez, Guedes fez um “acordo ruim” com o Congresso por conta do Orçamento. Para que o texto fosse sancionado, o Legislativo federal aprovou um projeto de lei que retira da meta fiscal gastos relativos ao combate à pandemia e seus efeitos na economia, aliviando o limite de despesas do governo (delimitado pelo teto de gastos) em R$ 9 bilhões.
O especialista discorda, porém, que a medida tenha sido fatal para a emenda constitucional que limita as despesas da União. “Mostrou que o teto [de gastos] pode ser contornado através de determinadas atitudes, sim, mas é um movimento completamente excepcional. Nós já estamos há um ano e alguns meses convivendo com a pandemia e, por vezes, a gente acaba esquecendo: o Orçamento de 2021 é um orçamento pandêmico.”
Veja a íntegra da entrevista (23min16s):