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Fóssil descoberto por pesquisadores brasileiros é precursor dos pterossauros - Só Notícia Boa
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Fóssil descoberto por pesquisadores brasileiros é precursor dos pterossauros - Só Notícia Boa

Um fóssil do precursor dos pterossauros, encontrado por pesquisadores brasileiros no Rio Grande do Sul está dando o que falar no mundo. É o Venetoraptor gassanea, que faz parte do grupo de répteis voadores que viveram na era dos dinossauros. A descoberta foi publicada na revista científica Nature, a mais importante do mundo acadêmico! Descoberto […]

Curiosidades

Um fóssil do precursor dos pterossauros, encontrado por pesquisadores brasileiros no Rio Grande do Sul está dando o que falar no mundo. É o Venetoraptor gassanea, que faz parte do grupo de répteis voadores que viveram na era dos dinossauros. A descoberta foi publicada na revista científica Nature, a mais importante do mundo acadêmico!

Descoberto no Geoparque Quarta Colônia, na cidade de São João do Polêsine, região central do Rio Grande do Sul, o fóssil foi escavado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O incomum esqueleto é o mais bem preservado do animal.

O achado joga luz sobre uma categoria ainda não tão explorada. “O grande ponto é que os dinossauros a gente sabe mais ou menos de onde vieram, como se deu a evolução do grupo. Já os pterossauros, como são animais tão especializados no voo, têm um esqueleto muito modificado, e a gente tinha pouca informação de como foi que esses animais surgiram”, explicou Rodrigo Temp Müller, pesquisador e paleontólogo que liderou o estudo.

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Características

O nome faz alusão a um raptor do Vale Vêneto, e “gassena” é uma homenagem a Valserina Maria Bulegon Gassen, responsável pela emancipação da cidade de São João de Polêsine e principal articuladora da criação do CAPPA/UFSM.

O grupo de pesquisadores do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (CAPPA), encontrou mais de 50 fragmentos do animal durante os trabalhos.

Entre as principais características o bico raptorial e mãos com dedos alongados, que foram consideradas incomuns pelos profissionais.

Com isso, a tese de que esses animais são percursos dos pterossauros ganha mais força.

“A gente já imaginava que isso fosse aparecer em algum momento, e foi nesse fóssil. Isso é legal porque dá suporte ao que se imaginava. Como pesquisador, a gente nunca quer procurar o suporte, a gente quer derrubar hipóteses. Agora, com isso, a hipótese não é derrubada, ela se mantém”, explicou Rodrigo.

Supermatriz

Agora, os cientistas, repletos de dados e materiais dessa e de outras excursões, montaram uma super matriz de pesquisa sobre os precursores dos dinossauros e dos pterossauros.

Com a análise, foi possível entender uma série de variações de formas desses animais, que excede muito mais a quantidade imaginada pelos profissionais anteriormente.

Para o paleontólogo, os fósseis encontrados representam uma “explosão de diversidade”, com vários animais pioneiros em diversos processos evolutivos.

Destaque brasileiro

Para Mauricio Garcia, pesquisador que participou da descoberta do fóssil precursor dos pterossauros, a descoberta em solo brasileiro coloca o país no cenário internacional paleontológico.

Além do potencial dos materiais encontrados, o Brasil tem profissionais competentes para desenvolver estudos muito importantes.

“Encontrar um esqueleto assim para nós é incrível, porque a gente tá sempre fazendo trabalho de campo, e o normal do trabalho de campo é voltar sem nada ou só com fragmentos, que muitas vezes não dá nem pra identificar”, disse Mauricio.

Apesar das dificuldades em se fazer pesquisa no país, o pesquisador destaca o esforço da equipe.

“Mesmo com a dificuldade que os países latino-americanos têm para fazer pesquisa, a gente ainda assim tem conseguido fazer pesquisas, que às vezes só universidades maiores conseguem fazer, a ponto de publicar nesses lugares. É claro, os fósseis ajudam muito, mas a gente tá se esforçando bastante, estamos vivendo para isso”, disse.

Agora, o próximo passo é continuar com escavações na região e cidades vizinhas, para que no futuro cada vez mais o país publique estudos tão importantes quanto o que foi publicado na revista Nature.

Com informações de Agência Brasil, Sul21 e Agência Abori.