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Viagem

Roteiro Para Curtir A Vindima Na Serra Gaúcha!

Foi um convite irrecusável já que eu sempre quis participar da Vindima e nunca consegui programar uma viagem voltada para o enoturismo na época certa das vindimas.

Como vocês bem sabem, nós também somos Apaixonados por Vinhos - clique aqui e veja mais matérias sobre o assunto - e já visitamos vinícolas mundo afora: Mendoza, na Argentina (clique aqui); arredores de Santiago (clique aqui e aqui) e Atacama (clique aqui), no Chile; as bodegas de Ica (clique aqui), no Peru; vinícolas no Uruguai (clique aqui), vinícolas em Santorini, na Grécia; em Hvar, na Croácia; caves de Vila Nova de Gaia, cruzeiro pelo Douro, região do Alentejo, em Portugal; vinícolas em Niagara on the Lake (clique aqui), no Canadá, Franschhoek e Stellenbosch, na África do Sul... e, é claro, a nossa Serra Gaúcha, destino já consolidado para os amantes de vinho, sejam profissionais ou curiosos.

Antes de qualquer coisa, que fique claro que eu sou do time dos curiososos-apreciadores de vinho! É verdade que ao longo das visitas às vinícolas fui adquirindo conhecimento, mas ainda me considero bastante leiga, portanto, este não será um artigo rebuscado em termos técnicos ou que vise a explicar de forma minuciosa todo o processo de produção do vinho, ok?

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Partindo então dessas premissas básicas, o intuito aqui também não é descomplicar o vinho ou dizer para você que Vinho bom é aquele de que você gosta, que te agrada. Sem jargões até porque eu acredito piamente que vinho bom é vinho bom, de qualidade, que traga toda a sua história, sua identidade, que seja equilibrado e que me agrade também kkkk... mas eu não sou especialista, não sou uma sommelier, não sou uma crítica nem mesmo ligada em rankings e suas pontuações ou nestes sites que fazem avaliações dos vinhos (o Julio é mais cuidadoso com isso do que eu e é do tipo que tira foto, posta no aplicativo, faz sua avaliação e também procura as avaliações dos vinhos que deseja comprar).

O vinho bom é aquele que se preocupa em revelar a origem de um lugar, segue a tradição de sua região e história de seu estilo, revoluciona métodos da região e cria um novo estilo, tem uma história para contar, respeita o solo, o clima e os vinhedos, recupera variedades nativas, tem a a menor intervenção possível no vinhedo e na adega, não usa de aditivos estranhos e nocivos à saúde, é sustentável e permite identificar as características da(s) uva(s)

A título de curiosidade, para quem se interessar, o Guia de Vinhos Descorchados é considerado o maior guia de vinhos sul-americanos e traz a pontuação de mais de 3.000 vinhos degustados de mais de 150 vinícolas argentinas, 190 chilenas, 30 vinícolas uruguaias e 40 brasileiras.

E para quem quiser dar uma espiada, o site/aplicativo que o Julio acompanha quando quer ler uma avaliação sobre o vinho antes de comprar ou pedir em restaurante, é o Vivino.com.

Confesso que, quando me deparo com muitos vinhos que não conheço, que nunca sequer degustei, é um sofrimento escolher um. Prefiro sim comprar os que já conheço ou os que degustei em vinícolas. Daí a experiência em vinícolas ser tão interessante para mim porque passo a ter contato com os produtos e posso eu mesma concluir se me agradou ou não.

Portanto, o que quero mostrar para vocês é que dentro do Enoturismo tem espaço para todo mundo e é muito mais democrático do que muitos pensam. Você pode ser sim um leigo no assunto e vivenciar uma experiência fabulosa, enriquecedora dentro deste fascinante universo da vitivinicultura! Vá por mim! O mais importante é gostar de beber vinhos!

Dito isso, vamos para uma perguntinha básica: o que é a Vindima?

É uma das épocas mais importantes do ano para quem lida diretamente com a fabricação do vinho, pois é durante a Vindima que acontece a colheita da uva e, por consequência, o início da produção do vinho. Ocorre normalmente de meados de janeiro a março, mas isso pode variar um pouco de um ano para o outro.

Muita coisa influencia e interfere para que seja produzida uma boa safra de vinhos e a vindima é um desses fatores super importantes. A depender das condições climáticas do ano, a colheita da uva poderá ser na época certa, poderá ser antecipada ou tardia.

Por exemplo, a Serra Gaúcha enfrentou um período de seca maior no final do ano de 2019 e início de 2020 e começou a chover mais tarde por lá o que trará para muitos uma colheita mais tardia. A partir daí, muitas são as expectativas geradas, para saber se as uvas alcançarão sua excelência de maturação, se a concentração de açúcares estará adequada, se a acidez estará equilibrada... e por aí vai!

Tem muito mais ciência do que se imagina e a função do Enólogo, que é o profissional que acompanha todo esse processo de produção do vinho, desde o plantio até o envasamento, é muito importante para saber o momento certo de colher a uva.

E uma das coisas que eu aprendi dessa vez é que primeiro são colhidas as uvas para a produção de espumantes, depois vinhos brancos e por último os vinhos tintos.

Viram só, mesmo sendo a minha terceira vez nesta região de Bento Gonçalves e Garibaldi, eu aprendi horrores nesta verdadeira imersão que fizemos por 5 dias vivenciando a Vindima!

O mais bacana de retornar à região é que sempre me surpreendo positivamente em ver como a Serra Gaúcha está altamente capacitada em receber muito bem o turista com diversas atividades para todos os perfis.

Colheita da uva, pisa da uva, almoços e jantares harmonizados, passeios de bicicleta pelos vinhedos, sobrevoos de balão, inúmeras degustações de vinhos, inclusive às cegas, wine garden, wine movie, vinícolas super modernas e até mesmo centenárias estão de braços abertos para acolher com muito carinho todos os turistas.

Lembrem que por trás dos vinhedos e vinícolas há famílias que gerenciam, que carregam suas histórias desde os antepassados italianos que chegaram no Brasil em busca de vidas melhores, desbravando o desconhecido, com muito suor e trabalho.

As histórias são inspiradoras, de todos que estão envolvidos neste processo de produção do vinho, e isso nos dá uma verdadeira injeção de ânimo porque é claro que eles também têm seus desafios e problemas, mas a paixão que os motiva pelo vinho é algo encantador e que os faz não desistir.

A viagem foi um convite da Agência ConceitoCom (https://conceitocom.com.br/) com roteiro totalmente elaborado pela agência. Agradecemos bastante por todo o carinho e atenção recebidos, em especial da Lucinara, que nos acompanhou durante a viagem e transformou em realidade diversos momentos lindos que vivenciamos.

O que você vai encontrar nesta matéria (se ler até o final rsrs... sei que está grande, mas vai valer a pena!), nesta ordem:

Onde se Hospedar em Garibaldi e Bento Gonçalves

Vinícola Miolo

Wine Garden da Miolo

Vinícola Luiz Argenta

Vinícola Peterlongo

Vinícola Don Guerino

Vinícola Dal Pizzol

Vinícola Aurora

Union Distillery

Parque Temático Epopeia Italiana

Cervejaria Leopoldina

Sítio Crescer

Madelustre

Giallo Tour: city tour em Garibaldi

Galeto di Paolo, em Garibaldi

Café Luna Park, em Garibaldi

Fábrica de Chocolates Devorata, em Garibaldi

Cobo Wine Bar, em Bento Gonçalves

Onde se Hospedar na Serra Gaúcha

O Roteiro foi realizado em 5 dias em duas bases: 2 noites em Garibaldi e 2 noites em Bento Gonçalves.

Em Garibaldi, a capital brasileira dos Espumantes, nós ficamos no super aconchegante Hotel Casa Curta, que nos recebeu com um Wine Pool bem despojado e gostoso, reunindo vários rótulos de vinícolas da região, com tábuas de frios para acompanhar.

O hotel, inaugurado em 1953, inspirado nos belíssimos castelos do Vale de Loire, na França, já recebeu o presidente João Goulart em sua lua mel.

Revitalizado, sob a administração da Família Nicolini, ele conta com localização próxima ao Centro Histórico de Garibaldi e encanta por sua arquitetura em edifício de pedras, ambientes decorados com muita elegância, quarto confortável e café da manhã muito saboroso e opções de lazer como piscina, jacuzzi, solarium, SPA, salão de jogos, restaurante, bar com venda de vinhos para quem deixou para a última hora e esqueceu de comprar, além de varanda ao ar livre.

https://www.blogapaixonadosporviagens.com.br/2020/02/roteiro-para-curtir-a-vindima-na-serra-gaucha.html