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Ucrânia e Rússia aumentam armamento na zona de fronteira
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Ucrânia e Rússia aumentam armamento na zona de fronteira

Ucrânia recebe carregamentos de armas letais enviado pelos Estados Unidos para reforçar o leste do país. Rússia reforça contingente na Bielorrússia para... exercícios

Internacional

"O primeiro pássaro chegou", anunciou este sábado o ministro da Defesa da Ucrânia pelas redes sociais.

Oleksii Reznikov referia-se à chegada a Kiev do primeiro avião dos Estados Unidos transportando armas letais para reforçar as linhas da frente do conflito separatista que se mantém no leste da Ucrânia, sob forte pressão da Rússia.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, esteve quarta-feira na capital da Ucrânia, onde anunciou um pacote de 200 milhões de dólares de ajuda militar para conter uma eventual agressão russa.

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As armas norte-americanas sucedem-se a um outro carregamento de armas defensivas antitanques cedidas pelo Reino Unido no início da semana.

Yurii Trubachov, tenente-coronel da guarda fronteiriça, diz já haver "medidas especiais preparadas" para eventuais surpresas.

"A zona está equipada com câmaras de vigilância, por isso vamos poder detetar sinais de um eventual ataque e podemos alertar as forças armadas para enviarem apoio defensivo", explicou o oficial fronteiriço ucraniano.

Com a tensão a ser debatida pelos altos responsáveis da NATO e da Rússia, longe do terreno da ação, o Ministério russo da Defesa também faz questão de se exibir e este sábado divulgou imagens de aviões de caça a caminho da Bielorrússia para participar em alegados exercícios militares a realizar entre 10 e 20 de fevereiro.

Ao mesmo tempo os esforços diplomáticos para reduzir a tensão prosseguem e, esta terça-feira, 25 de janeiro, há uma reunião em Paris no formato "Normandia", isto é com representantes de Rússia, Ucrânia, França e Alemanha para tentar acalmar os ânimos no leste da Ucrânia.

Desde março de 2014, grupos separatistas tomaram conta dos "oblasts" (províncias) de Donetsk e Luhansk, na região do Donbass. Com apoio de Moscovo, esses grupos mantém há sete anos uma resistência armada contra as forças militares do governo da Ucrânia e reclamam a independência da região, o que Kiev vê como uma tentativa da Rússia em anexar mais uma parte da Ucrânia depois do sucedido na Crimeia.