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Internacional

Ex-primeiro-ministro do Paquistão é preso por não declarar presentes que recebeu quando era chefe de governo

O ex-primeiro ministro do Paquistão Imran Khan foi preso neste sábado (5) na cidade de Lahore. Ele foi considerado culpado por um tribunal distrital e condenado a três anos de cadeia por não ter declarado corretamente os presentes que ganhou quando era chefe de governo.

Khan supostamente vendeu os itens recebidos por um valor que pode chegar a R$ 3 milhões.

Especialistas afirmam que a decisão pode eliminar da disputa das próximas eleições o maior rival do atual primeiro ministro do país, Shehbaz Sharif.

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"A polícia prendeu Imran Khan em sua casa", disse o advogado de Khan, Intezar Panjotha, à Reuters. "Estamos entrando com uma petição contra a decisão nas cortes superiores", acrescentou. O chefe da polícia de Lahore, Bilal Siddique Kamiana, confirmou a prisão e disse à Reuters que o político será transferido à capital Islamabad.

O partido de Khan, Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI), disse, em comunicado, que já entrou com um recurso na Suprema Corte paquistanesa neste sábado, mais cedo. A condenação veio apenas um dia depois de a alta corte do Paquistão suspender temporariamente o julgamento do tribunal distrital.

Ainda não se sabe por que o procedimento continuou. Segundo a ministra de Informação e Difusão, a prisão de Khan se deu após uma investigação completa e procedimentos legais adequados em tribunal.

Ela afirmou que a prisão do ex-primeiro-ministro não tem relação com as eleições que se aproximam.