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Opinião

Políticos vacinados contra confinamento

O confinamento decretado pelo Governo português para lidar com a pandemia pode vir a ser alargado depois de um fim de semana onde foram poucos os candidatos às eleições presidenciais que cumpriram o “dever de recolhimento.” As visitas a bairros sociais, quartéis de Bombeiros e o jantar comício de um dos candidatos dominaram, este domingo, as agendas políticas. Dos sete candidatos, apenas, um trabalhou a partir de casa.

No dia em que a Direção-Geral da Saúde (DGS) reportou 10.385 novos casos e 152 mortes ligadas à covid-19, também, se registaram críticas dirigidas, sobretudo, aos portugueses que saíram de casa para passear o cão ou para fazer os chamados “passeios higiénicos.” Sobre os que saíram para ouvir, acompanhar, aplaudir ou assobiar os candidatos na corrida ao Palácio de Belém, nem uma palavra. Situação idêntica sobre o que terá originado as longas filas de espera que se geraram, de norte a sul do país, durante a votação antecipada para as presidenciais de 24 de janeiro.

O crescente número de casos e a pressão sobre os hospitais públicos estão na origem do novo confinamento no país que, desde novembro, se encontra em estado de emergência. Os portugueses compreendem que a situação é crítica. Mas será que os líderes políticos compreendem o tipo de mensagem que estão a enviar aos cidadãos?